28 de dez. de 2009

Sem Você - Rosa de Saron

“Minha vida, minha história
Só fez sentido quando te conheci
Seus olhos, sua face, me levam além do que pensei
Se às vezes me escondo, em você me acho
Nem dá pra disfarçar,
Preciso dizer: você faz muita falta
Não há como explicar...

Foi sem você que eu pude entender
Que não é fácil viver sem te ter
Meu coração me diz que não,
Eu não consigo viver sem você.

Minha vida, minha história, só fez sentido quando te conheci
Seus olhos, sua sagrada face, me levam além do que pensei
Se às vezes me escondo, em você me acho, nem dá pra disfarçar...
Preciso dizer, você faz muita falta,
Não há como explicar...”

10 Nothas

I Por que tanta pesquisa pra saber quem vai ganhar a eleição? A maioria sempre sabe (tanto que vota no candidato que ganha).

II Pelo que entendi da ultima fala do vosso Presidente, no Brasil até o prejuízo esta dando lucro.

III Incompetência, corrupção, violência, arbitrariedade, realmente nada disso me assusta. Sou como o Lula: o que me assusta são as manchetes.

IV Como a linda “vedete” de nossos dias (nossas noites, diria melhor), o dinossauro também tinha dois cérebros: um na cabeça, outro no rabo. Com todo o respeito!

V E se de repente alguém soprasse no ouvido do Luiz (o Inácio): “Cristo não tinha biblioteca?”.

VI Apenas constatando a constatação que o PT nos oferece: o caminho mais curto entre a ideologia e o poder é a corrupção.

VII Pode ser, como diz o ociólogo FhC, que a vida de rico seja chata. Mas só pode dizer isso 1% da população do país.

VIII Ah, e tem mais FhC! Na primeira classe o traseiro viaja muito melhor do que na econômica.

IX O fato, todo mundo sabe, é amante da opinião. Diz aí quem traça quem.

X E moralização final: quem mais intimida é quem também tem mais medo.

Divagar e Sempre

Tem gente que vive se vangloriando de que veio do nada. Será que veio?


Meio cheia, meio vazia
Vocês jamais vão entender que semi-árido é o mesmo que semi-úmido.

Neném clássico
“Treino é treino, jogo é jogo.” Neném Prancha

História Istória
Brizola, o Merlim do populismo, lembram dele?, depois de profundas meditações numa praia deserta da restinga da Maracutaia, subiu a um palanque e, assistido por uma heróica galera, transformou Lula num sapo barbudo. E Lula ficou esperando o beijo da princesa Urna, que o levaria ao trono, retransformado num condottiere. O beijo não veio enquanto Brizola vivia. Mas lendas se formaram. Em certas noites do ABC, quando a lua cheia subia por trás das chaminés da rica industria paulista, ouvidos sensíveis, ouvindo o coaxar da alma em crise, com beijos e caricias inesperadas, botaram o sapo, com barba e tudo, voando pelos céus, por todo o alhures e alguns algures. E lá esta Lula, aos saltos e coaxos desesperados, evitando a volta ao torno, o nenhures.

Preconceito!
Preconceito! Preconceito! Preconceito! Porque veio do Nordeste, dizia Severino, queriam tirá-lo do cargo mais gratificante que já teve.(Conseguiram!)

Proustiana (relato do Senhor Nelson)
Lá vinha eu, menino, no frio da madrugada, às vezes debaixo de uma chuva fina que me perseguia no escuro, depois de um dia de trabalho das 8 da manhã às 6 da noite e de mais quatro horas do colégio noturno, Liceu de Artes e Ofícios. Minha rotina era acordar, à meia-noite. Piscina. É assim que me chamava. Pois ao chegar em casa só dava tempo de bater com a mão na parede e voltar ao trabalho.
Eu descia do bonde no Largo dos Pilares, andava quilometro e meio pela Avenida João Ribeiro, luz pouca, escuridão de breu, passava a estação de Terra Nova, hoje desaparecida, e, na mesma avenida, em frente ao Morro do Urubu, entrava em casa. Nenhum medo a não ser um susto ocasional quando um cavalo, ele mais assustado do que eu com o ruído dos meus passos no silencio da madrugada, botava a cabeça sobre um muro e relinchava alto.
Inúmeras vezes subi o Morro do Urubu (pra nós, meninos, dos Urubus) em busca de modestas aventuras. Mas o que havia era uns poucos casebres, pobreza mal pressentida, era assim que era. E paz, que só conhecemos quando a perdemos. E o que não havia era essa enfiada de quadrilhas de traficantes ferozes, guerreando outros não menos ferozes, nem bravos policiais liberando moradores com balas perdidas. Li hoje nos jornais.

Revisitando senhor Nelson

O boca de Ouro!
Boca de Ouro, banqueiro de bicho em Madureira. Esta na cadeira do DENTISTA.

Boca de Ouro – Que tal, doutor?
Dentista – Rapaz, nunca vi, em toda a minha vida, uma boca tão perfeita! Dentes de artista de cinema!
Boca – Sabe que quando ouço falar de dor de dente eu fico besta? Nunca tive esse troço!
Dentista – Lógico.
Boca – Pois é, doutor, agora eu queria um servicinho seu. Caprichado, doutor!
Dentista – Capricha em quê?
Boca – O senhor vai mexer, vai tirar tudo. Tudo, doutor!
Dentista – Tirar esses dentes? Nunca!
Boca – O senhor vai tirar, sim, doutor, vai tirar! Vai arrancar todos os dentes. Porque eu quero uma dentadura de ouro!

15 de dez. de 2009

Preconceito, pré-conceito.

E, como diz o Lula, nosso filosofo maior:  
“Não se pode fazer um omelete sem chutar os ovos”



A simplificação moral dos "despreconceituosos" é coisa que me assusta. Os caras mais preconceituosos são justamente os possuidores dessa crença enganosa - e ocasionalmente odiosa - que se chama despreconceito. Não conheço ninguém - ninguém - que não seja preconceituoso. Mas conheço toneladas de fingidos, de hipócritas, muitas vezes até, inconscientemente, covardes. Conheço só uma pessoa absolutamente despreconceituosa - a ‘locutora’ que vos fala. E isso apenas porque não tenho a inocência do despreconceito. Ferozmente autocritico, sei que, se me deixar solta, sou feminista (machista), elitista, argentaria, reacionária e todo o demais repertório. Mas jamais serei apanhada na armadilha da imaculada pureza de mim mesma.
Quando, em uns meses atrás, circunstâncias dramáticas fizeram com que eu assumisse uma posição mais firme e fria, na época reuni a "patota" e falei brevemente: Todos esses erros e esculhambações aconteceram porque somos todos abertíssimos, libertários, sublimes. Mas só pode agir com alguma dignidade, mínima possibilidade de acerto, quem aceita a certeza fundamental de que é, visceralmente, um FDP. O santo bate carteira com a maior facilidade: está, por si próprio, acima de qualquer suspeita. Simplificando: vou botar isto aqui numa "condição moral insuportável”.
Agora você que lê isso aqui, muito esperto levanta a voz (ou pensamento): “O que é condição moral insuportável?”. Eu respondo: “Você vai ver”.
Ele você viu, todos viram e ainda vão ver muito mais. Simples e naturalmente.
Bem, o que é “condição moral”? Pensar sempre a todo risco. Não ter medo de que é “universalmente” aceito. Não aceitar slogans, bandeiras, pratos feitos. Desconfiar de qualquer idéia com mais de seis meses de idade. Desconfiar de todo idealista que lucra com seu ideal. E por aí vai.


Sociabilidade.



Neste momento, estou achando melhor evitar a solidão, porque ela não me traz agora o mesmo alívio de outrora. Na margem contrária há convites e pessoas requerendo minha presença. Achei melhor optar pela sociabilidade desta vez.

13 de dez. de 2009

Incoerente...


Eu não preciso ser coerente, esse é um requerimento que as pessoas vivem fazendo, mas nem elas conseguem cumprir. No momento, eu prefiro assumir a condição de incoerente do que me restringir a planos que não dariam certo.

10 de dez. de 2009

50 melhores álbuns da década!

A NME, publicação especializada em música, publicou uma lista dos 50 melhores álbuns da década. O único critério foi o temporal. Vejam que interessante a lista:

1. The Strokes - "Is This It"
2. The Libertines - "Up The Bracket"
3. Primal Scream - "Xtrmntr"
4. Arctic Monkeys - "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not"
5. Yeah Yeah Yeahs - "Fever To Tell"
6. PJ Harvey - "Stories From the City, Stories From the Sea"
7. Arcade Fire - "Funeral"
8. Interpol - "Turn On The Bright Lights"
9. The Streets - "Original Pirate Material"
10. Radiohead - "In Rainbows"
11. At The Drive In - "Relationship Of Command"
12. LCD Soundsystem - "The Sound Of Silver"
13. The Shins - "Wincing The Night Away"
14. Radiohead - "Kid A"
15. Queens Of The Stone Age - "Songs For The Deaf"
16. The Streets - "A Grand Don't Come For Free"
17. Sufjan Stevens - "Illinoise"
18. The White Stripes - "Elephant"
19. The White Stripes - "White Blood Cells"
20. Blur - "Think Tank"
21. The Coral - "The Coral"
22. Jay-Z - "The Blueprint"
23. Klaxons - "Myths Of The Near Future"
24. The Libertines - "The Libertines"
25. The Rapture - "Echoes"
26. Dizzee Rascal - "Boy in Da Corner"
27. Amy Winehouse - "Back To Black"
28. Johnny Cash - "Man Comes Around"
29. Super Furry Animals - "Rings Around The World"
30. Elbow - "Asleep In The Back"
31. Bright Eyes - "I'm Wide Awake, It's Morning"
32. Yeah Yeah Yeahs - "Show Your Bones"
33. Arcade Fire - "Neon Bible"
34. Grandaddy - "The Sophtware Slump"
35. Babyshambles - "Down In Albion"
36. Spirtualized - "Let it Come Down"
37. The Knife - "Silent Shout"
38. Bloc Party - "Silent Alarm"
39. Crystal Castles - "Crystal Castles"
40. Ryan Adams - "Gold"
41. Wild Beasts - "Two Dancers"
42. Vampire Weekend - "Vampire Weekend"
43. Wilco - "Yankee Hotel Foxtrot"
44. Outkast - "Loveboxxx/The Love Below"
45. Avalanches - "Since I Left You"
46. The Delgados - "The Great Eastern"
47. Brendan Benson - "Lapalco"
48. The Walkmen - "Bows and Arrows"
49. Muse - "Absolution"
50. MIA - "Arular"

e ai, faltou algum?Comentem ae!

9 de dez. de 2009

Linguagem Juridica Traduzida Pros "MANO"


pra TEFFINHA! ^^'

PRONTO, AGORA VC NÃO PRECISA DE 05 ANOS DE FACULDADE!!!!!!!!!

LINGUAGEM JURIDICA TRADUZIDA PROS “MANO” - FAÇA DIREITO EM 1 MINUTO.
Pros manu DEVOGADU…
Para explicar a linguagem juridica na língua dos mano…
Você lê uma sentença no Diário da Justiça e fica completamente perdido?
Acha a linguagem de outro planeta?
ENTAO, MANO, SEUS PROBLEMAS ACABARAM: VAI AI UMA TRADUçÃO DE IMPORTANTES DIALETOS JURIDICOS PARA A LINGUA DOS MANOS…

1-Princípio da iniciativa das partes - ‘faz a sua que eu faço a minha’..
2 -Princípio da fungibilidade - ’só tem tu, vai tu mesmo’ (parte da doutrina e da jurisprudência entende como sendo ‘quem não tem cão caça com gato’).
3 - Sucumbência - ‘a casa caiu !!!’, ‘o tambor girou pro seu lado’
4 - Legítima defesa - ‘tomou, levou’.
5 - Legítima defesa de terceiro - ‘deu no mano, leva na oreia’.
6 - Legítima defesa putativa - ‘foi mal’.
7 – Oposição - ’sai batido que o barato é meu’.
8 - Nomeação à autoria - ‘vou cagoetar todo mundo’.
9 - Chamamento ao processo - ‘o maluco ali também deve’.
10 – Assistência - ‘então brother, é nóis.’
11 - Direito de apelar em liberdade - ‘fui!’ (parte da doutrina entende como ’só se for agora’).
12 - Princípio do contraditório - ‘agora é eu’.
13 - Revelia, preclusão, perempção, prescrição e decadência - ‘camarão que dorme a onda leva’
14 - Honorários advocatícios
- ‘cada um com seus problemas’.
15 - Co-autoria, e litisconsórcio passivo - ‘passarinho que acompanha morcego dá de cara com muro’,
16 -Reconvenção - ‘tá louco, mermão. A culpa é sua’.
17 – Comoriência - ‘um pipoco pra dois’ ou ‘dois coelhos com uma paulada só’.
18 - Preparo - ‘então…, deixa uma merrequinha aí.’
19 - Deserção -’deixa quieto’.
20 - Recurso adesivo - ‘vou no vácuo’.
21 - Sigilo profissional - ‘na miúda, só entre a gente’.
22 - Estelionato - ‘malandro é malandro, e mané é mané’.
23 - Falso testemunho - ‘X nove…’.
24 – Reincidência - ‘poxa mermão, de novo?’.
25 - Investigação de paternidade - ‘toma que o filho é teu’.
26 - Execução de alimentos - ‘quem não chora não mama’.
27 - Res nullius - ‘achado não é roubado’.
28 - De cujus - ‘presunto’.
29 - Despejo coercitivo - ’sai batido’.
30 – Usucapião - ‘tá dominado, tá tudo dominado’.

O que falta agora?!



"Me joga no Google, me chama de pesquisa, e diz que eu sou tudo o que voce procurava." Assim começa "Google", o sucesso da dupla sertaneja Ana Elisa e Mariana. Boas cantoras, cantoras boas. Enfim, o hit foi cantado na Festa do Peão de Barretos desse ano. Sei que depois do show, foram mais ou menos 25 mil downloads no site delas e mais de 100 mil visualizações no YouTube. Daí para os programas de domingo, aparentemente, é apenas questão de tempo. A experiencia é semelhante à de "Vou te excluir do meu Orkut", de Ewerton Assunção, que virou sucesso até em Portugual. Agora o que falta pra lançarem "Dá uma twittada nela"? ¬¬'

5 de dez. de 2009

Boa noite meu AMOR!

Ouço-Te ao longe...
voz arrastada, rouca,
numa dor dolorosa que me alcança,
dor, que Te causei, na minha ânsia,
na minha ânsia de Te Amar!
Chegam as tuas Lágrimas aos meus olhos,
apenas por Te escutar...
deixa-me chorar em Teu lugar Amor!!
Amo-Te!
Amo-Te Meu Amor!
Ainda que isso seja nada,
perante um Vale de Lágrimas vertido,
é o meu Sentimento-Desejo altivo!
Bebe a minha voz que escutas,
enquanto eu choro as tuas Lágrimas,
para que adormeças tranquila!
Soa-me a Noite, a esperança ó Amada minha!
Vou esperar que na alvorada que se avizinha,
Te sintas com uma multidão de Sorrisos!
Eu vou ficar onde Te prometi,
ao Teu lado,
a cantar-te carícias com minhas mãos
e sussurrar-Te mil deleites de Ternura!
Já dormes, e a Lua lá fora está a invejar-Te!
Boa Noite Meu Amor!!

Decepções

"Melhor decepcionar-se logo com certas pessoas do que continuar protegendo-as mentalmente ao encaixá-las dentro de princípios que ninguém respeita na prática. Melhor a decepção aguda do que a ilusão crônica."

3 de dez. de 2009

Eu & Tu


"Tens o cheiro tens gosto, desejo, tesão, excitação;
Nossos pecados, alados no leito deitadas Amamos:
Tua pele e lisa, macia, sedosa e gostosa sabores;
Imensidão que Exala, corpos suados tesão e desejos;
Ficamos nuas,ao som do desejo, almejo um beijo;
Um beijo colado meu corpo desnudando a minha razão, ocasião;
Atadas estamos, felizes ficamos por esse momento;
E sem fundamentos 
Eu perco a razão que vem com sussurros;
Com os teus gemidos, que tem o meu toque das mãos,
São cinco os sentidos que excitam uma paixão..."

Leis Estranhas Sobre SEXO ao Redor Do Mundo.



No Líbano.
Os homens podem legalmente ter relações sexuais com animais,
mas têm que ser fêmeas.
Relações sexuais com machos são puníveis com a morte.
(Sem comentários)

No Bahrain.
Um médico pode legalmente examinar a genitália feminina, mas ele é proibido de olhar diretamente para ela durante o exame.
Ele pode apenas olhar através de um espelho.
(Por a mão pode, olhar não!)

Muçulmanos.
Não podem olhar os genitais de um cadáver. Isto  também se aplica aos funcionários da funerária...
Os órgãos sexuais do defunto devem estar sempre cobertos por um tijolo  ou por um pedaço de madeira
(porra! um tijolo?).

Na Indonésia.
A penalidade para a masturbação na Indonésia é a decapitação...
(De qual cabeça???)

Em Guam.
Há homens(só homens?) em Guam cujo emprego em tempo integral é viajar pelo país e
deflorar virgens, que os pagam pelo privilégio de ter sexo pela primeira vez.
Razão: Pelas leis de Guam, são proibidos virgens se casarem.
(Agora diz pra mim: existe emprego melhor no planeta?).

Em Hong Kong.
Uma mulher traída pode legalmente matar seu marido adúltero, mas deve fazê-lo apenas com suas mãos. Em contrapartida, a mulher adúltera pode ser morta de qualquer outra  maneira pelo marido. (Mata com machadada!!!!!!!!)

(Não consegui esquecer de Guam, que emprego!!!)

Na Inglaterra.
A lei autoriza vendedoras a ficarem de topless em Liverpool, Inglaterra,mas somente em lojas de peixes tropicais. (É pro comprador mostrar a vara!!!!)

(Será que tem que fazer prova para este emprego em Guam?)

Na Colômbia.
Em Cali, na Colômbia, uma mulher só pode ter relações com seu marido, quando na primeira vez que isso ocorrer, sua mãe estiver no quarto para testemunhar o ato.
(Imagina transar com a sogra assistindo? Fala sério.... PUTZ)

(Ainda continuo pensando em Guam..Como faço para mandar meu currículo?.)
Tenho vários aqui no meu pc.


Na Bolívia.
Em Santa Cruz, na Bolívia, é ilegal um homem ter relações com uma mulher e a filha dela ao mesmo tempo. (Ficar esperando a vez do lado da cama pode?).

(E aquele emprego em Guam ainda é remunerado!)

Em Maryland.
Em Maryland preservativos podem ser vendidos em máquinas somente em
lugares onde são vendidas bebidas alcoólicas para consumo no local.

(Tem que usar no balcão?)

(Será que Guam é muito longe daqui?)

30 de nov. de 2009

Ansiedade e Insegurança

Ansiedade é um estado emocional desagradável de apreensão, de um perigo contra a própria integridade.
É um temor frente a um perigo real ou imaginário, uma espécie de alerta para algo que possa ferir fisicamente ou moralmente.
É uma defesa natural do corpo, mas torna-se prejudicial quando limita, impede, bloqueia e quando provoca sentimentos ou sensações de difícil controle.

Uma pessoa passa a desacreditar em suas capacidades, fazendo surgir sentimentos de inferioridade, incapacidade, impotência. Desta forma fazendo ela se sentir "presa, acanhada" assim o temor pela rejeição pode aparecer, acompanhado também de uma sensação de abandono ou solidão. A ansiedade vai tomando forma e tomando conta da pessoa. Ela provoca reações físicas e o corpo entra em estado de alerta, reagindo contra o inimigo aparente. Quando nos deparamos nesta situação, a primeira reação é de salvamento: tentamos sair desta pressão a qualquer custo. Impulsivamente, podemos abandonar algo que desejávamos muito, alegando que não queríamos tanto assim. E assim permitindo que a ansiedade se deposite na nossa cabeça, exercendo uma forte pressão a ponto de deslocar nossa atenção ao que estava gerando ansiedade, para a dor física da enxaqueca ou dor de cabeça.
Com esses sintomas de alerta, o seu corpo fica dando um aviso de que algo não esta bem, e por alguma razão você esta se sentindo ameaçado, seja esta ameaça, real ou imaginaria.
Você se pergunta: o que fazer nesta hora? É muito simples: respirar calmamente, com o diafragma, encher a barriga de ar e depois o peito e soltar devagar. Outra dica é dizer mentalmente para si mesmo: "Esta tudo bem, tudo bem". Acredite isto é para que você envie uma mensagem para seu cérebro para que ele processe a mudança.

Controle Pessoal

A ansiedade esta associada a uma resignação passiva: a pessoa aprende a reagir com ansiedade quando se sente indefeso, incapaz, impotente para reagir frente a uma figura de autoridade (pai, mãe, professor). Torna-se uma pessoa oprimida e percebe que o controle esta alheio a ela, acentuando o sentimento de resignação, intensificando a insegurança. Passa a experimenta o sentimento de impotência pela dificuldade ou falta de oportunidade de evitar o que incomoda devido à ansiedade.
A insegurança é consequente da ansiedade pela falta de controle interno e excesso de controle externo ou maior credibilidade no outro do que em si mesmo. O controle pessoal é um aspecto importante no manejo da ansiedade: se aprendemos a ver-nos controlando o ambiente ou sendo controlados por ele. O comportamento recebe a influencia do controle externo e sua vida passa a ficar a mercê do mundo exterior, a pessoa vê o controle nas mãos do outro. Nosso comportamento também recebe influencia do controle interno: quando alguém tenta jogar problemas ou mau humor em nós, colocamos em ação o autocontrole, buscando internamente recursos para lidar de maneira adequada com aquela situação, sem deixar-nos influenciar pelo outro e sim por nós mesmos, tomando as rédeas da própria vida.
O aumento do controle melhora visivelmente a saúde e a moral.
Pesquisas realizadas em escolas, lares para idosos, fabricas e presídios revelaram que aos que lhes foi concedido escasso controle pessoal experimentam uma diminuição da moral e um aumento do estresse, ansiedade e consequente insegurança, falta de confiança em si. Aos que receberam autonomia e estimulo para exercer o controle, mostram uma atitude mais vivaz, ativa e feliz. Todos mostraram melhor rendimento, animo, disposição, menos estresse, agressividade e depressão.
A pessoa prospera em condições de democracia, liberdade pessoal e exercício de seus direitos. Parafraseando o filósofo romano Sêneca: são felizes os que elegem a atividade que preferem. As mudanças estão ocorrendo no mundo todos devem servir como ferramentas de aprendizado, de ensaio e erro. Em vez de mergulhar na ansiedade e na insegurança movida no campo de trabalho, por exemplo, podemos ampliar o leque de percepção.
Ver a capacidade de controlar nossos sentimentos é muito importante e assim conseguirmos viver em equilíbrio.

29 de nov. de 2009

Mentira! Mentira! Mentira!

Pois é, meu anjo, a vida é assim mesmo. Hoje estamos aqui e amanhã... também.

 
I. Um homem que mente e diz que mente, mente ou não mente? Se diz a verdade quando diz que mente, não mente. E, se diz mentira quando diz que mente, também não mente.

II. Vantagem extraordinária é a do mentiroso. Enquanto os outros sabem apenas o que sabem, ele sabe sempre alguma coisa mais.

III. A mentira é a mais-valia arrancada da credulidade. Já que a mentira só existe quando há um crédulo. Pois ao cético ninguém mente. Ele não crê nem na verdade.

IV. O que vive repetindo a palavra indubitável é, indubitavelmente, um mentiroso.

V. Mentimos mesmo quando estamos sozinhos.

VI. Jamais diga uma mentira que não possa provar.

VII. Uma mentira é a do que mente. Outra é do escutador (imitando Guimarães Rosa)

VIII. É inútil apontar alguém como mentiroso. Todo mundo é.

IX. Desenvolveu tanto a arte da mentira que todos acreditam nele. Ele é que não acredita em mais ninguém.

X. A inverdade, apanhada na hora, chamamos de mentira deslavada. Um ano depois será considerada apenas uma outra faceta da verdade. Se persistir na memória, diremos que é um rapto de imaginação da pessoa que pronunciou. Um século depois já ninguém mais saberá quem disse, e ela será parte fundamental da sabedoria popular, se transformara em fantasia, em épico, quem sabe em conceito geral da eternidade filosófica?!

25 de nov. de 2009




Sou capaz de me lembrar, ao acordar, de que a amei – e que a amaria de novo. O importante é jamais esquecer. Ser, portanto, é lembrar. O poema Eloisa to Abelard, do inglês Alexander Pope (1688-1744) – mais especificamente da parte em que Heloisa, lamentando o fim trágico de seu romance com Abelardo, diz que, antes que a alma de um amante recupere sua paz, ela terá de amar, odiar, ressentir-se, arrepender-se e dissimular. Tudo, diz Heloisa, menos esquecer.

Ideologia (?!)

Ideologia é a bitola-estreita do pensamento. “Doutrina prescritiva não apoiada em argumentos racionais.” - A supplement of The Oxford English Dictionary. Pois o mundo sempre viveu a reboque da tecnologia. Desde a pedra polida e o primeiro fogo. Tecnologia que, nos últimos 100 anos, nos deu o cinema, o telefone, o avião e, é bom lembrar, a higiene! Nas duas ultimas décadas a tecnologia deu inicio ao verdadeiro socialismo. Olimpíadas exibidas pra todo mundo, a morte do Papa vista pelo mundo todo – a televisão universal, a biblioteca universal (Google) e, não esquecer, a possibilidade de um iraquiano munido de meio quilo de artefato químico enfrentar o megaimpério. E, ontem mesmo, a tecnologia criou o telefone celular, que imediatamente chegou a todo proletariado do mundo. Bem a igualdade a tecnologia garante. Cuidem vocês da fraternidade.
Atravessamos mais uma barreira – convencional do tempo.
Mas fazer o que? Não se pode ter tudo não é mesmo?
E estamos chegando a 2010. Esperando não ter saudade de 2009.
E este ano já vai começar com fins e inícios - literalmente(como todos os outros anos). Dizem que re-escrever a historia é muito importante. Recomeçar cansa –as vezes -, ou não é isso que faz a vida valer á pena.
Ter idéias por incrível que pareça é difícil e mais difícil ainda é colocá-las em pratica. O importante é...Admitir, tentar sempre e nunca desistir...
Perder leva até mesmo os melhores a questionar suas habilidades.
Pra que insistir em ficar negando a verdade e a realidade. Isso só prova uma coisa: Falta de Inteligência... Pois a vida vai e vem, sobe e desce, roda e roda...
Nada é definitivo, por isso que os budistas afirmam que a existência é "impermanente".
Não ter medo e não recuar em nenhuma hipótese. Que tudo acabara se acertando ao longo do tempo e das disponibilidades. Viver e aprender com os momentos!
Certo que a única vez em que perder é mais legal do que ganhar, é quando se esta lutando contra uma tentação.
Sem essa de se achar um "coitadinho".
Coitadinho é uma expressão de quem quer reduzir, paralisar a si mesmo, as pessoas em volta e até mesmo uma nação.
Um dos segredos pra alcançar o carisma é a veemência com que se aborda assuntos relevantes para si mesmo e para as vidas que o destino enfeixou em suas mãos. A veemência é um claro sinal de sinceridade.
Foi no grito que nos tornamos independentes, e é no berro que mostramos nossa indignação.

22 de nov. de 2009

Pensamentos & Encontros...

Vivem zombando do pouco conhecimento de algumas pessoas.
Mas Sócrates, Maomé, Dostoievski, Nietzsche, e Jesus Cristo! não falavam inglês.

Pensamentos:

I. Todo mundo viaja. Poucos chegam Lá.
II. As guerras nunca acabam.
III. Uma pessoa de ar soberbo é totalmente poluída.
IV. Dizia "Minha cara metade", como quem reclama do preço.
V. Confesso: sou pior sozinha do que mal acompanhada.
VI. Repara: quando você aprende uma palavra nova, ela aparece em todos os lugares.
VII. Solitário dorme sozinho. Rejeitado acorda sozinho.
VIII. Mostrei-lhe a lua no horizonte, redonda, linda. Mas ela prefere “trocar as fraudas do moleque”.
IX. Não há pessoa mais chata do que você mesmo. Fuja da solidão.
X. Fica frio, amigo, não foi o brasileiro o inventor da corrupção. Baseado no mais profundo ensinamento da minha religião, a corrupção começou no Principio dos Princípios, justamente no Jardim do Éden, Quando os dois proto-Safados, corrompidos pela Serpente, desrespeitaram a Lei do Senhor e comeram o Fruto da Ciência do Bem e do Mal, o desrespeito espantoso ficou conhecido como A Queda. Mas não passou assim pelo Todo (como era conhecido o TodoPoderoso), que condenou os três culpados por uso indevido de bem publico e formação de quadrilha. Logo o Anjo Gabriel, executor das ordens do Supremo, expulsou Adão e Eva do Paraíso, obrigando-os a viver na periferia, a leste do Éden. Mas a Serpente, misteriosamente, nunca foi punida.



Encontros Históricos

Encontro I

Às 18h20 do dia 22 de junho de 1642, quando fazia 19 anos, Pascal recebeu a visita gentil de Corneille, de 36 anos. Depois de mostrar ao teatrólogo a prensa hidráulica, a seringa, e o barômetro, que acabara de inventar, Pascal falou-lhe da indequação teológica da metafísica. Depois, enquanto tomavam um gole de conhaque - só aí revelando um certo orgulho -, Pascal explicou a Corneille o funcionamento do calculador digital que acabara de fazer pra ajudar o pai na administração da prefeitura local. Corneille previu que um dia aquilo se chamaria computador, com um programa-base chamado Pascal. Chovia fininho na noite de Rouen.


Encontro II

Exatamente às 4h30 de 3 de junho de 1646, quando tinha 23 anos, o mesmo Pascal, como combinado, recebeu a visita de Descartes prum papo descontraído. Pascal disse a Descartes que chegara à conclusão de que o coração tem razões que a razão desconhece. Descartes concordou, e acrescentou: "Belo é o pensar. Penso, logo existo. Assim posso partir da dúvida absoluta e chegar à absoluta certeza". Às cinco, servido o chá com medeleines que Proust havia enviado, concordaram em que a intersecção de três pares de lados opostos de um hexágono inscritos num cone é linear. E riram suavemente. A tarde ia morrendo em Rouen. E eles também. E tudo mais.

Até os dias de hoje!

20 de nov. de 2009

Maluco, Eu?

Grandes artistas e cientistas em geral têm traços de personalidade estranhos.
Aqui está uma seleção dos melhores(?)

-> Pablo Picasso portava sempre uma arma carregada com balas de festim para que pudesse atirar em qualquer um que perguntasse o que significava seu trabalho.

-> Louis Armstrong, a lenda do jazz conseguiu sua primeira árvore de Natal, aos 40 anos e gostou tanto que a levou numa turnê.

-> Para exercer atração sobre o sexo oposto, Salvador Dali costumava usar um perfume caseiro feito de cola de peixe e estrume de vaca.

-> Tchaikovski tinha pavor que sua cabeça se soltasse do corpo e geralmente regia as orquestras com uma das mãos segurando a cabeça.

-> Em 1820, Ludwig van Beethoven foi preso, acusado de vadiagem depois de moradores relatarem que um homem desgrenhado estava espionando através de suas janelas.

De Mental Floss Presents Instant Knowledge, editado por Will Pearson e Mangesh Hattikudur (Collinsgem)

18 de nov. de 2009

10 Nohtas Promissórias!

E pra mim, nada? Vocês acham que eu sou incorruptível?

I Um dia desses, encontrei alguns amigos entre eles um professor de matemática e um amigo da faculdade de matemática. Falei, de passagem, sobre um velho companheiro de escola, o pi. Disse que era 3,1416. Na época se chamava dizima periódica, ou infinita, acho. Centenas de pessoas (pra ser exato, seis, ou melhor, dois) me corrigiram. O pi não é mais 3,1416, cálculos mais atuais provam que é 3,141592653.
Esta bem, esta bem, eu sei que não é mais 3,1416. Ou quantos algarismos mais vocês quiseram acrescentar a essa dizima. Calculando melhor – pi é igual a 3,1415927 mais ou menos 0,000000005.
Mas ainda não é bem isso.
Tem maluco pra tudo e a matemática é o ninho preferido. Acho até que sem a loucura não há matemática.
O teorema de Fermat, proposto há 300 anos, aparentemente sem solução, até hoje continua com maluquetes gastando a vida atrás dela, solução.
Que é sempre genial, mesmo quando não definitiva. Quanto ao pi, vou ao admirável livro de David Blatner, The Joy of Pi. O ultimo calculo, feito por Yoshiaki Tamura, do Latitude Observatory de Tóquio, e Yasumasa Kanada, da Universidade de Tóquio, usando o algoritmo de Salamin (?) e o supercomputador Hitac M-280H, registra 51 bilhões de dígitos.
Claro,que você chega a essa conclusão, tem de contar tudo de novo para verificar se esta certo.

II Não adianta, sempre resta uma hierarquia e uma divisão de classes, mesmo entre os que levam uma vida de cachorro.

III AUT CÉSAR aut nihil

“A covardia do heroísmo com que vence
A gravidade do riso que deflagra
A prodigalidade com que não lhe pertence
E a gordura que todos dizem magra”

O versículo acima, de nossa lavra, é intitulado com a divisa de César Bórgia – que qualquer universitário do Silvio Santos conhece. Ou César ou nadaé a tradução. Áulicos também traduzem como “Ou Lula ou nada”. Mas os eruditos divergem. Se você conhece alguma historia verá que os eruditos só fazem isso na vida – divergir. O bar de César Bórgia era o quente da época. Frequentado por Savonarola, Maquiavel, Miguel Ângelo, Leonardo, tudo gente fina, todos mais ou menos sábios. Por isso sempre tomando um certo cuidado com os drinques servidos pela encantadora Lucrécia.

IV É por isso que eu digo: a abstinência é uma anormalidade que só se admite com muita sobriedade.

V E igualmente, segundo testemunhas idôneas (a Internet é testemunha idônea?), em Brasília, cada vez há mais pára-choques de caminhão aconselhando: SE BEBER DISCURSE COM MODERAÇÃO.

VI E eu que nunca fui convidada a jantar pelo cético e pela circunspecta, praquelas festas infindáveis que eles dão no porão do forte abandonado, no oitavo dia da semana?

VII Uma roubalheira sem precedentes é apenas mais uma roubalheira antes de uma roubalheira maior também sem precedentes.

VIII Valeram a pena os anos de estudo? Nas aulas de químico-fisica na escola, me ficaram apenas três princípios:
“O homem se liquefaz na medida do que bebe”, “Uma pessoa, mergulhado numa banheira hidráulica cheia de espuma, sofre um ‘calor’ erótico de baixo para cima, de cima para baixo proporcional à pessoa por ele convocada”, e “A alquimia nunca transa com o ao quilate”.

IX A roda da bicicleta em movimento é um teorema euclidiano que adquiriu autonomia.

X Disseram que no ano 2000 todo mundo ia ter 15 minutos de fama, Andy Wahol conseguiu fama permanente.

17 de nov. de 2009

Eu acredito em príncipe!



Sim, esperei o "fim do ano" para dar essa confissão para todas as pessoas que acham que sou pessimista e amarga. Depois de muito pensar, conclui que, sim, eu acredito em príncipe!
**Calma.**
Não é naquele homem lindo que vai chegar de cavalo branco e te salvar dos problemas. Acredito no príncipe de Maquiavel. E em gente maquiavélica.
No tal livro "O Príncipe", o famoso filosofo defende que um governante, se necessário, deveria ser cruel e fraudulento para obter e manter o poder. Infelizmente, (?) acho que esse tipo de gente existe. E muitos são garotos que 'pretendemos'. Outros são nossos chefes, nossos conhecidos e passantes que vemos na rua. E, é claro, um dia virarão nossos inimigos.
Essa gente que vive armando estratégias baixas existe, sim, o que é uma pena. Mas a vida é assim. E aquele príncipe encantado perfeito que vai chegar em um cavalo não existe, o que também é uma pena.
Ou não. Imagina que coisa chata ter que lidar com uma pessoa perfeita.
E ainda por cima que usa calça legging com botas por cima. Estou fora. Calça legging com botas só se for usada pelos meus amigos gays...[Amo cada um deles!]
Já os príncipes de Maquiavel... bem eles existem, isso é fato. E meu objetivo não é deprimir ninguém nesse fim de ano e por sua vez no Natal (como se vocês já não estivessem deprimidos).
*A boa noticia é que, com o tempo, aprendemos a nos defender deles muito bem. Sacamos quem é essa gente de longe. E, quando, por acaso, caímos no plano maquiavélico de um deles, uma hora percebemos.
Às vezes, depois que o dano já foi feito (tomamos um pé na bunda; fomos queimadas na escola ou no trabalho). Mas nada que não tenha solução. Afinal, tomar um fora de uma pessoa maquiavélica é tipo uma espécie de presente. Nada melhor do que ter essa gente longe. E, se ela nos queimou na escola ou no trabalho, também já somos espertas suficiente para armar um plano (mesmo que maquiavélico) de vingança.
Depois dessas palavras, desejo um ótimo Fim De Ano para todos. E, como diria Cazuza, bobeira é não viver a realidade. E, se você vive em um quarto rosa achando que um dia o príncipe vai chegar, bem... isso é problema seu.

Meu Momento de Histeria
Papai Noel também não existe!

12 de nov. de 2009

Mundo Chato!



Eu queria que você entendesse o seguinte: o New Order era o maximo, o símbolo definitivo do cool. O cabelo do Bernard Summer, lá por 1985 era o mais legal. Como alguém podia tocar baixo daquele jeito tão louco, quase arrastando no chão, como o Peter Hook?
Stephen Morris, baterista, mostrava que a busca da técnica pela técnica era asneira. E a Gillian Gilbert, com aqueles vestidos de vovozinha - como alguém podia ser, ao mesmo tempo, tão vanguarda e tão antimoda?
Sem falar nas lendas. Dizia-se que cada um dos quatro ganhava salário fixo e que não admitiam se vestir com glamour de rockstars - pareciam bancários de cidade pequena. Uma das musicas do primeiro disco se chamava "ICB" porque a sigla significava "Ian Curtis is Buried" (Ian Curtis esta enterrado - ele se suicidou em 1980 e era o líder do Joy Division, que deu origem ao New Order).
Nesse contexto de idolatria envolta em mitos, assisti um vídeo dos caras no Ibirapuera, em São Paulo, em 1988.
Hook, Bernard, Stephen, Gillian: icebergs humanos nos conduzindo a um futuro cinzento.
Sentiu o clima? Pois bem, agora venha comigo e caia na real.
Ganhei de um amigo um DVD com um programa sobre o New Order, feito especialmente para a serie "Originals", à venda na loja do iTunes (só dá pra comprar com cartão de crédito gringo). Bernard, Hook e Stephen falam sobre as diversas fases da banda, tudo entremeado com versões, especiais para o programa, das musicas mais famosas.
Os mitos vão caindo aos poucos, e pelas mãos da própria banda.
A transição do rock do Joy Division para a eletrônica do New Order? Só para irritar os fãs do Joy.
"Blue Monday", maior clássico do grupo? Um acidente, uma tentativa de compor uma musica que os instrumentos tocassem sozinhos, sem a banda no palco.
Ate o New Order virou humano - que mundo mais sem graça!

CD PLAYER (Juninho (Ô Chato) de BH)
PLAY: Revista “Swindle”
Ele deve ser o único assinante fora da Califórnia. Musica, design… e os Germs na capa!

PAUSE: MySpace
É serio (ele) não queria ser chato. Mas acho que já deixou de ser cool.

EJECT: A Volta do Led Zeppelin
Podiam ter chamado os White Stripes para abrir. Eles fariam o show dentro de um reator na Coréia do Norte, antes que eles desligassem.

Não perguntei o nome deles.

Naquela época, eu me esforçava ao maximo para tentar não odiar, e me sentia mal sempre que me encontrava numa posição que poderia ser interpretada dessa maneira. Mas aprendi a não atacar aqueles que não fossem pessoalmente agressivos, e que só expressassem passivamente o que lhe tinha sido ensinado. Às vezes eu era grosseira, porque ser decente significava mostrar-se medroso e inconsciente de seu "lugar". Então, já que, quando se era decente, eles achavam que você estava com medo, eu era quase sempre grosseira.
A verdade machuca. A verdade inquieta. A verdade incomoda. A verdade passa a maior parte de nossa vida, nos perseguindo, pois quase sempre preferimos a comodidade da mentira. Por que a mentira? A mentira acomoda, a mentira tranquiliza, a mentira abstrai diferença - pode até nos igualar. Mas principalmente, a mentira conforta e cabe direitinho naquele espaço perpassado de ilusões e superficialidades que costumamos criar para acomodar nossa existência.
Verdade seja dita: ninguém gosta da verdade. Aceitamos, mas gostar, ninguém gosta. A verdade é um deserto árido e monotonamente plano onde quase sempre ficamos apenas com nós mesmo. Quer pior companhia?
Um dia desses sentei-me na praça e a verdade sentou-se ao meu lado. Fiquei a sós com ela, o vento frio e inóspito de meus piores temores acossando-me com aquelas lembranças intermináveis e tão subterrâneas que eu quase não me lembrava delas, e elas sendo embaralhadas e espalhadas diante de mim por mãos hábeis mas implacáveis, mãos invisíveis mas furiosas e incansáveis. Me sentia como um jogador mal sucedido, pois só recebia cartas ruins, um jogo infeliz em que entrei derrotado, lutava para não sair com mãos vazias e a cabeça cheia de culpas... Eu gritava muito por dentro, a noite chegava, o céu escurecendo com a revoada dos pombos que assustava em meu caminho, e a verdade ainda na minha frente, me hostilizava com seu silencio "gritante", junto com a implacabilidade de suas certezas incontornáveis. Encontrar forças, buscar por abrigo, é só isso que eu queria... A sobrevivência era uma das mais importantes prioridades na minha vida. A depressão e os "conflitos" em família fizeram com que eu temesse pela vida.
Me sentia inteiramente culpada de tudo. "Culpada! Culpada! Culpada!" Aprendi a ter medo de tudo. Minha auto confiança já tinha se perdido durante as tentativas de fuga pela cidade. Era em vão, atrás de coisa nenhuma. Derepente descobri que tinha medo de mim, sempre encontrava um escuro dentro de mim, eu mesma não sabia como escapar. Será que existe ou já existiu algum meio de fugir de nós mesmo? Sei que me tornei perita em sobrevivência, fazendo dela uma questão de tenacidade, de colocar a segurança acima de tudo. Por outro lado, viver era uma questão de paixão e de risco, de encontrar um objetivo importante e dedicar-se a ele. Fazendo o que fosse necessário para manter-se vivo e a salvo. Tendo crescido nesse ambiente, eu não fora capaz de perceber o que havia de errado nessa forma de pensar e agir. Talvez o objetivo da vida não fosse a sobrevivência.
Enquanto eu refletia sobre como seria possível proteger algo sem interromper o crescimento da vida dentro de mim. Percebi que viver em um mundo perigoso, um mundo de sofrimento, solidão e perdas fazia parte da vida. Minha família cultivava o medo. Então eu sempre encorajava esse sentimento, acreditando que, dessa maneira, garantiria a minha segurança. Passei a ver a vida com outros olhos, e percebi que a minha historia se resume a mim mesma e não existe ações espetaculares ou soluções simplistas no mundo real. Jamais me ocorreu a ideia de que o medo é o tipo errado de proteção. "Encontrar a proteção certa pode ser a primeira responsabilidade de uma pessoa que deseja fazer alguma coisa importante neste mundo" Existe sim um beco sem saída de nossas piores partes, pois todos temos mas não queremos. Encontramos a raiva que sentimos de nós mesmo ao ficarmos frente a frente com a nossa pequenez e mediocridade, as pequenas historias que muitas vezes encontramos destruindo outra pessoa ou meramente ficando feliz com a desgraça do outro - preferencialmente alguém melhor do que nós. O excesso de inquietações nos deixa vulneráveis. Não é possível seguir em frente sem se expor, sem um envolvimento, sem correr riscos, e muito menos sem criticas. Aqueles que querem promover mudanças terão que enfrentar decepções, perdas, até mesmo a zombaria. Se você está à frente de seu tempo, verá que as pessoas riem com a mesma frequencia com que aplaudem.
Procurar a proteção certa é um objetivo que deve estar dentro de nós e não nos separando do mundo. É algo muito mais relacionado à busca por um abrigo do que à busca por um esconderijo. No mundo real existem soluções e acomodações. Bom, pelo menos agora no mundo real ter medo é algo bem natural. E isso conforta.

8 de nov. de 2009

O outro lado de Dom Casmurro.

A pergunta que me sufoca: "Em que exato momento histórico nossa ignorância passou a ser virtude?”.

Recentemente fiz uma "pesquisa" sobre Dom Casmurro, a obra magna de Machado de Assis. Fui atrás dos assuntos picantes do romance - se Escobar, "herói" do romance, tinha ou não tinha comido a Capitu (eterna e tola discussão entre beletristas), devo ter alcançado alguns desprevenidos. Bom, não apenas descobri que Escobar comeu a Capitu, como, não sei não, acho que tirei Dom Casmurro do "armário". Como não sou das maiores - e nem das menores - admiradoras do bruxo, fundador da Academia Brasileira de Letras ("a Gloria que fica, eleva, honra e consola", eta que frase, hein!), não vou discutir a maciça, inexpugnável web protecionista que se criou em torno dele. Não quero polemizar (falta-me vontade e capacidade) com a candura que erúditos (com acento no ú, por favor) tem para relação equivoca entre Capitu, a "dos olhos de ressaca" (que Machado não explica se era ressaca do mar ou de um porre), e Escobar, o mais intimo amigo de Bentinho, narrador e personagem do livro (evidente alter ego do próprio Machado). A desconfiança básica vem desde 1900, quando Machado publicou Dom Casmurro.
Dom Casmurro é ou não corno, palavra cujo sentido de humilhação masculina - que ainda mantém bastante de sua força nesta época de total permissividade - na época de Machado era motivo de crime passional, "justa defesa da honra", e outros desagravos permitidos pela legislação e pelos costumes.
Curioso que, ontem como hoje, o epíteto corna não se grudou à mulher. Ela é tola, vitima, “não sei como suporta isso!”, “corneia ele também!” (mais do que justo), mas o epíteto não colou.
Dom Casmurro sofre da dor especifica umas 50 paginas do romance, envenenado pela hipótese da infidelidade de Capitu. Que duvida, cara pálida? Capitu deu pra Escobar. O narrador da historia, Bentinho/Machado, só não coloca no livro o DNA do Escobar porque ainda não havia DNA. Mas fica humilhado, desesperado mesmo, à proporção que o filho cresce e mostra olhos, mãos, gestos e tudo o mais do amigo, agora morto. Bentinho chega a chamar Escobar de comborço (parceiro na cama). Mas, pela nossa eterna pruderie intelectual, também ainda ridiculamente forte com relação a outro tipo de relação, a homo, nunca vi ninguém falar nada das intimidades entre Bentinho e Escobar. É verdade que, na época, Oscar Wilde estava em cana por causa do pecado que “não ousava dizer seu nome”. Não fiz interpretações. Apenas selecionei frasesmomentos – do próprio Dom Casmurro/Machado, da Editora Nova Aguilar. Leiam, e concordem ou não.
 
Pág. 868 “Chamava-se Ezequiel de Souza Escobar. Era um rapaz esbelto, olhos claros, um pouco fugidios, como mãos, como os pés, como fala, como tudo.”

Mesma pagina
“Escobar veio abrindo a alma toda, desde a porta da rua até o fundo do quintal. A alma da gente, como sabes, é uma casa com janelas para todos os lados, muita luz e ar puro... Não sei o que era a minha. Mas como as portas não tinham chaves nem fechaduras, bastava empurrá-las e Escobar empurrou-as e entrou. Cá o achei dentro, cá ficou...” 
 
Pág. 876 “alternando a casa e o seminário. Os padres gostavam de mim. Os rapazes também e Escobar mais que os rapazes e os padres.”

Pág. 883 “Os olhos de Escobar eram dulcíssimos. A cara rapada mostrava uma pele alva e lisa. A testa é que era um pouco baixa... mas tinha sempre a altura necessária para não afrontar as outras feições, nem diminuir a graça delas.

Realmente era interessante de rosto, a boca fina e chocarreira, o nariz fino e delgado.”

Mesma pagina “Fui levá-lo à porta... Separamo-nos com muito afeto: ele, de dentro do ônibus, ainda me disse adeus, com a mão. Conservei-me à porta, a ver se, ao longe, ainda olharia para trás, mas não olhou.”

Mesma pagina “Capitu viu (do alto da janela) as nossas despedidas tão rasgadas e afetuosas, e quis saber quem era que me merecia tanto.

–É o Escobar, disse eu."
 
Pág. 887 “-Escobar, você é meu amigo, eu sou seu amigo também; aqui no seminário você é a pessoa que mais me tem entrado no coração.

–Se eu dissesse a mesma cousa, retorquiu ele sorrindo, perderia a graça... Mas a verdade é que não tenho aqui relações com ninguém, você é o primeiro, e creio que já notaram; mas eu não me importo com isso.”

Pág. 899 “Durante cerca de cinco minutos esteve com a minha mão entre as suas, como se não me visse desde longos meses.

-Você janta comigo, Escobar?

-Vim pra isto mesmo.”
 
Pág. 900 “Caminhamos para o fundo. Passamos o lavadouro; ele parou um instante aí, mirando a pedra de bater roupa e fazendo reflexões a propósito do asseio; lembra-me só que as achei engenhosas, e ri, ele riu também. A minha alegria acordava a dele, e o céu estava tão azul, e o ar tão claro, que a natureza parecia rir também conosco. São assim as boas horas deste mundo.”

Pág. 901 “Fiquei tão entusiasmado com a facilidade mental do meu amigo, que não pude deixar de abraçá-lo. Era no pátio; outros seminaristas notaram a nossa efusão: um padre que estava com eles não gostou...”

Pág. 902 “Escobar apertou-me a mão às escondidas, com tal força que ainda me doem os dedos.”
 
Pág. 913 “Escobar também se me fez mais pegado ao coração. As nossas visitas foram-se tornando mais próximas, e as nossas conversações mais intimas.”

Pág. 914 “A amizade existe; esteve toda nas mãos com que apertei as de Escobar ao ouvir-lhe isto, e na total ausência  de palavras  com que ali assinei o pacto; estas vieram depois, de atropelo, afinadas pelo coração, que batia com grande força.”

Págs. 925/26 Depois da morte de Escobar) “Era uma bela fotografia tirada um ano antes. (Escobar) estava de pé, sobrecasaca abotoada, a mão esquerda no dorso de uma cadeira, a direita metida no peito, o olhar ao longe para a esquerda do espectador. Tinha garbo e naturalidade. A moldura que lhe mandei pôr não encobria a dedicatória, escrita embaixo, não nas costas do cartão: ‘Ao meu querido Bentinho o seu querido Escobar 20-4-70’.”
 
P.S.: Mas, se vocês ainda tem duvida, leiam a página 845 do fulgido romance. Bentinho, ele próprio, fica pasmo, e realizado, quando consegue dar um beijo (quer dizer, apenas uma bicota) em Capitu. É ele próprio quem fala, entusiasmado com seu feito de bravura:

“De repente, sem querer, sem pensar, saiu-me da boca esta palavra de orgulho:

-Sou Homem!”

23 de out. de 2009

O Futuro pode ser Melhor do que Pensamos.

Quando saiu o Sargent Pepper dos Beatles, em 1967, em Londres havia em King’s Road uma espécie de comício dissolvido nos olhares, uma palavra de ordem flutuando no vento, “blowing in the Wind”, como cantava Bob Dylan. O mundo careta tremia, ameaçado pelo perigo do comunismo e pela alegre descrença que os hippies traziam. O capitalismo rosnava de humilhação, condenado como sistema injusto e repressor da sexualidade. Houve uma primeira reação careta com o “fim do sonho” durante os anos 80, quando morre Lennon, mas com o fim da guerra fria, parecia que os Estados Unidos iam derramar pelo mundo seu melhor lado: a democracia liberal mais generosa, autocrítica, modernizadora. Parecia que a liberdade era quase uma necessidade de mercado. O mundo ocidental parecia estar lindamente “condenado” à democracia, à multilateralidade, à tolerância.
Mas, não era esse o desejo dos caretas republicanos que já na época planejavam este horrendo presente que temos hoje. Essa máfia de psicopatas republicanos queria se vingar do desprezo que sofreram nos anos 60, se vingar do vexame de Nixon e Watergate, se vingar dos Beatles, dos Rolling Stones, de Marcuse, de Dylan, da arte, dos negros, das mulheres livres, e principalmente da liberdade sexual que sempre odiaram. Imaginem Bush, Karl Rove ou Rumsfeld diante de um Picasso, ouvindo “free jazz”.
E, sem duvida, conseguiram impor: o mercado global insensato, roído de homens-bomba e medo, a destruição do Iraque, o Ocidente como cão fiel do Oriente. Foi a vitória radical da caretice estúpida contra a modernização do mundo, tanto no Ocidente, quanto no fundamentalismo islâmico. O medo de um mundo mutante esta na base dos fundamentalismos.
Osama, o maior estrategista dos séculos, acelerou e legitimou a burrice dos caretas no poder, fazendo a paranóia ganhar vida nova com o ataque a NY. Osama e Bush se uniram, sob a aparência de inimigos, numa aliança fundamentalista contra a democracia.
O poder que se estratificou na América de Bush tenta exterminar todas as conquistas dos anos 60 e a sabedoria conquistada com o sofrimento de duas Guerras Mundiais.
Em parte, conseguiram, mas creio que já há sinais no ar de que esta fase careta, dura, suja, esteja declinando. O terrorismo já denota sinais de arrefecimento, apesar dos periódicos alertas vermelhos do Bush, para manter seu eleitorado. A miséria que ronda o Islã é perigosa porque armada e suicida, mas a própria tecnologia que são obrigados a usar – internet, armas – talvez esteja começando a roer seus princípios fascistas e totalitários. O espantoso avanço da comunicação horizontal, via web e telefonia, esta provocando uma nova dialógica política e social natural, provocada pelas coisas mesmas. Tinha na América, uma possível vitória de Hillary, com Clinton de eminência parda, o surgimento de Obama, já indicava, talvez o fim de um ciclo republicano repugnante. É claro que continuava viva uma outra paranóia contra a contemporaneidade: o pavor do descontrole racial sobre o mundo, ou melhor, da ilusão de controle que os intelectuais tinham: “Ah... porque o humano esta se extinguindo, a grande narrativa, o sentido geral...”
Mas pergunta-se: que “humano” é esse que só no século 20 gerou duas Guerras Mundiais, Hiroshima e Nagasaki, Vietnã, China, Polpot, África faminta, etc... Que “humano” é esse que os racionais tentam preservar? Claro que a rapidez do avanço da tecnociencia dá frio no estomago, mas de alguma forma a vida mesma dará um jeito de prevalecer e talvez esse atual fantasma dos metafísicos esteja justamente nos libertando de antigos “sentidos” tirânicos, talvez uma melhoria da qualidade de vida possa vir justamente da desorganização da “idéia única”, tão amada pelos hegelianos de plantão. O Google é mais importante que o enciclopedismo iluminista.
O mundo esta se desunificando sim, em forma de uma grande esponja, em vazios, em avessos, em buracos brancos que vão se alargando, à medida que a ideia de um tecido da sociedade “como um todo” se esgarça. Não há mais “células de resistência”, apenas “buracos de desistência”.
Há tribalizações de grupos, sem proselitismo; há uma recusa ao mundo, aceitando-o como algo irremediável, mas sem conformismo. Por dentro de seu luto, as tribos se desenham. O que os já antigos “slackers” ou “gothicos” ou “rastas” ou “ravers” ou “punks” querem alcançar é uma forma de identidade alternativa. As tribos não almejam mais o poder, inclusive porque o poder esta em mil pedaços no mundo todo. Se antes a ideia de alienação era condenável, hoje alienação é aquilo que se deseja.
Hoje, a desesperança total esta parindo novas formas larvais de sobrevivência. E isso pode ser o novo rosto da humanidade se formando. Um novo humano, sim. Robotizado, tecnologizado talvez, pós-humano, talvez, mas podem estar se forjando novos espaços de liberdade e cultura. Que temos hoje e teremos no futuro? Na boa? Acho que já estamos lá.
A paisagem deste presente-futuro: no eixo central, teremos a fria competência no “mainstream” das corporações e não há força possível no mundo que impeça isso. E, em volta, haverá as “esponjas alternativas”, na periferia.
Antes, lutávamos contra uma realidade complexa, sonhando com utopias totalizantes. Era o “uno” contra o “múltiplo”. Hoje, é o contrario; a luta é para dissolver, não para unir; luta-se para defender o vazio, o ócio possível, a cultura não-descartavel, luta-se para proteger o “inútil” da arte, o que não seja “mercável”. Hoje, inimigo principal não é mais a “burguesia” gorda e fumando charuto; o inimigo é um totalitarismo empresarial que ninguém comanda. Agora, os novos combatentes não sonham com o absoluto; sonham com o relativo.

22 de out. de 2009

Teoria minha, em defesa de César.

César, tinha acabado de descobrir o méson PI. Que logo uns amigos iconoclastas, capitaneados por um "cabeça", passaram a chamar de Teson PI (sem comentários). No ano passado César se meteu numa nova pesquisa, um projeto, na Bolívia. Mas, agrediram César, é sempre assim, e ele reagiu.
E aproveitou pra dar também uma tascada em declarações políticas de Einstein. Alem de estar de acordo com César, sobre certas afirmativas sociopoliticas de Einstein, hoje saí (sem alarde) em "defesa" de César. Como se ele precisasse. Mas estou firme com ele. Não me interessa se sua proposta é ou fosse aparentemente inviável.
Não sou física e acho que nem muito viável.
E defendo a tese de que o cientista, em qualquer ramo, sobretudo no micromundo e no macromundo, não descobre a coisa assim, mamãe, lá vem o bonde. As coisas sempre nascem na cabeça dele, e se confirmam na pesquisa. Raramente o contrario.
O universo é tão rico de possibilidades que toda teoria esta contida no bloco de mármore. Basta cada um tirar o excesso e descobrir, dentro do bloco, a sua estatua.
Naturalmente, o idiota pode tentar fazer um cavalo de 3 metros num bloco de 2 metros. Vão ficar sempre faltando duas patas e um focinho.
Eu disse então de mim para comigo (não é uma expressão bonita? Acabei de inventar): "Não vou me meter na física. Só faço isso quando ela é gostosinha. Vou me meter em filosofias, ou melhor, em filosofadas".
Repito: nunca fui muito fã dos pronunciamentos sóciopolíticos do bruxo Mento Park (não, não, esse foi o Edson, coloquem aí o epíteto do Einstein). Nunca entendi o boquiabrir-se diante de suas afirmações que a mim sempre soaram como lugares-comuns pífios.
Leia alguma dessas pérolas e me diga se você colocaria qualquer delas num azulejo no seu banheiro:
*"O exemplo de caracteres grandes e puros é a única coisa capaz de produzir belas idéias e nobres feitos".
*"Só uma vida vivida para os outros é digna de ser vivida".
*"O homem só encontra sentido na vida, curta e perigosa como ela é, devotando-se à sociedade".
Sem falar menos inocente, no famoso "conselho" a Roosevelt, feito assim, com mão de gato, e depois tantas vezes negado:
"Trabalhos recentes de E. Fermol e L. Szilard levam-me a pensar que o elemento urânio possa transformar-se numa nova fonte de energia em futuro imediato... Uma única bomba desse tipo, explodida num porto, será capaz de destruir o porto junto com todo o território em volta dele...".
Por isso resolvi também publicar uma das minhas irrespondíveis conclusões "científicas" (com "aspas", sublinha, negrito e grifo, pra deixar claro que é Ironia).
**Segundo a Teoria da Relatividade - tão relativa que torna impossível os cientistas se entenderem -, o tempo assume a quarta dimensão, trabalhando de parceria com as tradicionais: altura, largura e comprimento. Todo mundo repete isso, de uma forma ou de outra. Sei não.
Os cientistas internacionais sabem que nunca tive o intuito de desmistificar Einstein, e reconheço que ele também nunca tentou isso comigo. Mas, como há um confronto com César, venho a público revelar a minha teoria, que abala um pouco a de Einstein:
**O Tempo Não Existe. Só Existe O Passar Do Tempo.**

20 de out. de 2009

Você é otimista, Poliana?

Como não? Vivo no melhor dos tempos. Violência? Voltem pra Idade Media. O rei podia tudo, o barão podia tudo e a porrada comia solta. Era regra. Cortavam a mão do ladrão e o pinto do tarado. E só havia uma atividade; tomar a terra do outro barão, e de passagem decapitando tudo que era camponês. E fingindo não ver os doentes.
E o começo da era cristã? Ou vocês não viram Mel Gibson estraçalhando Jesus Cristo?
E pouco mais pra trás era comum Nabucodonosor mandar redecorar as muralhas de suas fortalezas com a pele dos inimigos. As visitas A-DO-RA-A-VAM. E a sangueira das santas cruzadas? E a Inquisição, na qual o cara (Antonio José da Silva, o Judeu) era levado à morte só por escrever "céu da boca".
Ah, bons tempos em que a gente podia ir tricotar na primeira fila da execução e jogar mais um graveto na pira em que John Huss era queimado, e ele ainda agradecendo: "Sancta simplicitas!"
Mas não vamos esquecer o grande Ataturk, que modernizou a Turquia com seus "jovens turcos". Liquidou 1 milhão de armenicos (um terço da população da Armênia), muito mais do que, proporcionalmente, morreram judeus nos campos de concentração nazistas.
Falar em nazistas, o comunista do Stalin matou 10 ou 40 milhões de companheiros? Opiniões.
E nas nossas Américas, segundo cálculos - como é que eles calculam? - não foram mortos pelo menos 100 milhões de nativos? No Haiti, não sobrou um nativo. A população de hoje é toda importada.
Pois encham a boca com o Império Romano, Alexandre, Grécia.
Ah, Grécia. Citem um atleta da época com a elegância e eficiência do Kaka. Da Grécia eu só conheço restos de mitologia e atletas sem braços. E fiquem com o "Período Elisabetano" (um grupo de exploradores sugando o sal do mundo), a Belle Époque (uma sociedadezinha afetada, que vestia porcamente, e cujo único valor foi provocar a obra de Marcel Proust). E fiquem com os tempos em que luditas de todas as inocências lutavam contra teares e maquinas a vapor. Porque iam tirar empregos. E iam mesmo.
Revoluções perdidas felizmente, a humanidade avançando. Da média de vida de 41 anos há um século chegamos à de 80, hoje. No Brasil, a expectativa é só 67. Devido à eterna luta entre a "fome zero" e o "semi-árido".
**Responda depressa: aonde é que o pessoal ia quando não tinha cinema? A musica era coisa de superelite. CD, nem pensar. Dor? Aguenta, amigo. E boa parte da humanidade era boi. Vivia naquilo que Marx chamou de "a idiotia da vida do campo". Marx, completamente certo. Não diz nada a ninguém - nunca houve um tempo tão maravilhoso, quanto o nosso. Benefícios e alegrias chegam a mais gente do que jamais chegaram. Na maior parte dos países, Brasil incluído, a televisão é universal. Mais da metade da população da Terra - mais de 3 bilhões de pessoas -, ricos, pobres e até párias, em 2001 já tinham visto, fascinados, as duas torres do WTC vindo abaixo, boa parte assistiu, juntos, a posse de Barack Obama esse ano. Eta nóis, hein, mãe?!

Pois é, paradoxamente a violência é resultado da melhoria da vida humana. A automação, como temiam os luditas, provocou, e provoca, desemprego em massa. Mas, quando isso começou, me falaram: "Calma, agora temos o socialismo".
Pois cada vez se torna menos essencial o trabalho humano primário. E, desempregadas as pessoas, estas - não apenas os "revolucionários" - saem às ruas queimam pneus, põem a boca no mundo.
Sabendo o que querem. O que querem é simples - comida, bebida, habitação e algum trocado.
Só existe uma saída, distribuir, dividir. Embora eu já tenha feito as contas: dividindo a riqueza do mundo pela miséria do mundo não dá um prato de farinha pra cada um. Mas vamos tentar. Ou esta bomba explode. Em vinte, cinquenta anos, no maximo. Enquanto isso relaxem e aproveitem.
Eu já estou nessa. Acesso a internet, vejo um filme DVD, bebo alguma coisa gelada, desligo o CD de um Mahler meio chato, puxo uma coisa melhor pra ouvir no MP4, e ainda ouço, lá longe, uma mulher cantando, em tom passado: "Mamãe eu quero, mamãe eu quero...".
**Mas gozem depressa.**
Stephen Hawking, astrofísico, um dos homens de ponta de nosso tempo, avisa no genial O Universo numa Casca de Noz (só entendi 9%): "Dentro de 600 anos, apenas 600 anos! o mundo terá um ser humano encostado no ombro do outro. E haverá consumo de energia tão grande que a Terra ficará incandescente". E neste mundo de mecânica quântica, 10 dimensões, supergravidade, P-branas e buracos negros, Lula proclama, entusiasmado:
"O Brasil Vai A Todo O Vapor".

Amor ou Razão


Amor e razão, dois sentimentos inimigos...
Amor racional é a razão acima do coração,
Amor passional é o coração acima da razão.
Amor, não entendo o que se passa comigo.
Se amo, não posso pensar,
Se penso, não posso amar.
O que fazer? Ao amor me entregar, e sofrer.
Ou deixar o amor passar...
Amor, ou razão? Ambos é impossível
O amor é fogo, é paixão, é incrível.
A razão é água, é calma, é crível.
Então sofre a minha alma sensível.
Se quero viver de verdade,
Sentir o calor da vida, tenho que amar,
Sofrer, talvez, na eventualidade,
de não ser amada por quem me apaixonar...
Então decidi... esqueço a razão
Entrego-me à paixão de um louco amor.
Sendo eterno, ou não,
**Que dure o tempo que for...**

18 de out. de 2009

Fim de Sonho

Mais um dia amanheceu
Você não apareceu
E eu continuo aqui
Como sempre a esperar
Quando você voltar
Parece que não vai mais vi
Eu que achava que o amor era pra sempre
E sonhava, num mundo só da gente

Mas o sonho acabou, quando você se foi
Nem quis saber de mim
Mas se a vida é pra viver
Eu vou te esquecer
Quando achar um outro alguém
Que me faça, feliz como eu quis te fazer
Que me de, o amor que eu dei para você
E um dia...Quando você lembrar de mim
Vai ser tarde, eu não estarei mais afim
Vou aprendendo a viver sem você
Pedras no caminho eu sempre vou ter
Eu espero que sejas feliz com quem for
E encontre o seu verdadeiro amor

16 de out. de 2009

Ana Paula Arósio se masturba em novo filme.

Atriz viverá professora universitária homossexual em longa de Malu de Martino

Ana Paula Arósio interpreta lésbica


A atriz Ana Paula Arósio viverá uma professora universitária homossexual no filme “Como esquecer”, de Malu de Martino, que deve ser lançado no primeiro semestre de 2010.

O que não sabíamos eram alguns detalhes das cenas, que começam a ser divulgadas aos poucos. A jornalista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, informou hoje que Arósio fez uma cena em que sua personagem aparecerá se masturbando.

Na trama, Júlia, a professora interpretada por Arósio, foi abandonada pela namorada depois de uma relação de mais de dez anos. Após a separação, Júlia vai morar numa casa, em Pedra de Guaratiba, no Rio, com seu melhor amigo, Hugo (Murilo Rosa), também gay. Lá ainda mora  Lisa (Natália Lage) e os três formarão uma espécie de “nova família” .

Júlia despertará o interesse de uma de suas alunas, Carmen, que será vivida por Bianca Comparato. Mas será Helena (Arieta Correia) quem mexerá com a professora, apesar de ela não se sentir preparada para novos relacionamentos.

“Trabalhar com a Ana foi uma super experiência.  Ela é a atriz dos sonhos de qualquer diretora por se entregar completamente à personagem e ser uma trabalhadora incansável, seguindo a direção proposta de maneira integral e apaixonada”, disse a diretora Malu de Martino em entrevista à coluna de Patrícia Kogut.

Ana Paula Arósio se masturba em filme.

The L Word Theme - Betty





Girls in tight dresses
Who drag with mustaches
Chicks drivin' fast
Ingenues with long lashes
Women who long, love, lust
Women who give
This is the way
It's the way that we live

Talking, laughing, loving, breathing,
fighting, fucking, crying, drinking,
riding, winning, losing, cheating,
kissing, thinking, dreaming.

This is the way
It's the way that we live
It's the way that we live
And love



.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-..-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.


Meninas em vestidos apertados
Que se travestem com bigodes
Garotas dirigindo rapido
ingenuas com longos chicotes
As mulheres que sentem saudades, amam, desejam
Mulheres que se entregam
Esta é a maneira
É a maneira que nós vivemos

Falando, rindo, amando, respirando,
lutando, fodendo, chorando, bebendo,
montando, ganhando, perdendo, trapaceando,
beijando, pensando, sonhando.

Esta é a maneira
É a maneira que nós vivemos
É a maneira que nós vivemos
E amamos

11 de out. de 2009

Lembranças...

Já estava deitado,
Com o corpo largado,
Esperando o sono chegar
Para dopar a minha lucidez.

Lembranças de um amor passado
Vieram, em vez,
Como vem o vento,
Visitar a minha solidão.

Amor
Mal acabado,
Há muito tempo empilhado
No fundo do porão
Dos meus sentimentos.

Imagens insistentes
De momentos distantes
Submergiram coloridas
No espelho da minha mente.

Imagens
De um encontro singelo,
Divertido e
Apaixonado.

Chocolates em forma pingos sólidos,
Carinhosamente arrumados lado a lado
Sobre a mesa de vidro,
Desenharam um coração.

Dentro do coração,
Mais pingos sólidos de chocolates
Desenharam as letras
Dos nomes abreviados.

Um capricho romântico.

A sombra dos nomes,
Emoldurados pelo coração,
Foi projetada no teto
Pelo efeito da luz
De um fogo perfumado.

Impressionada.
Derretida.
Emocionada.
Seduzida.
Entregou-se
Ao início da vida.

Memórias congeladas.

Lembranças pinçadas,
Entre as mais sensíveis,
Afloraram catalogadas
Como inesquecíveis.

Lembranças
Dos abraços cegos,
Dos sorrisos largos,
Dos beijos doces,
Do corpo tenro,
Da pele quente,
Da brancura virgem,
Do feminino puro,
Dos apelos indecentes,
Da recepção suave,
Dos grunhidos infantis,
Da sensação de minar,
De ambos os ventres,
Chocolates derretidos
Pelo fogo invisível
Desse amor
Sem final,
Imortal.

10 de out. de 2009

Você se conhece?

Quem se conhece tem mais chance de viver relacionamentos plenos...

O amor não é suficiente para tornar uma união "sustentável". Alem dele, é preciso que haja entrega dos parceiros. O problema é que para uma pessoa se entregar ela precisa se conhecer. Quem não se conhece não tem como se deixar conhecer pelo outro. Já quem tem consciência de suas emoções e fantasias consegue separar o que é seu do que é do parceiro e entregar-se de fato.

A palavra sustentabilidade está na moda. Então vamos aplicá-la, nas relações. Começando, pergunto: o que torna uma relação "sustentável"? Se você respondeu que é o amor, sinto, mas errou.
A entrega é que cumpre esse papel.
Por mais que seja amorosa a relação, se não houver entrega, a união será superficial e seu "prazo de validade" chegara mais cedo.
Vale ressaltar que entrega é a atitude de "dar-se a conhecer". Mas, como só se pode dar o que se tem, para se entregar é preciso se conhecer antes. Quanto mais você se conhecer, mais poderá distinguir o que é seu do que é do outro, e assim poderá ir se entregando. Nos tempos de hoje, no entanto, hábitos como introspecção (observação dos próprios pensamentos ou sentimentos) e reflexão, não são mais usados.
Internet, celular, televisão, tudo isso de alguma forma tem nos distanciado de nós mesmos. A grande maioria das pessoas é pouco intima dos próprios pensamentos, emoções, atitudes e mecanismos de defesa. E por isso confunde emoções, incomoda-se com dilemas, não sabe lidar com conflitos e assim não sabendo entregar-se. Para entender como isso interfere na relação, imagine que uma moça diz ao namorado:

"Estou insegura, pois não sei o que represento em sua vida. Às vezes acho que você gosta de mim, outras, que não. Nessas horas fico magoada e infeliz. Se tento não pensar no assunto, me culpo, pois acho que me acomodo. Gostaria de não ser assim, procuro mudar, mas estou com dificuldades. O que a gente poderia fazer a respeito? Você pode me ajudar?"

Repare que agora ela esta dizendo coisas que ele não teria a mínima condição de saber se ela não expusesse "seus conflitos". Ela assume a insegurança e não o culpa pelo o que ela esta sentindo.
Gostaria de se sentir mais segura, e reconhece que sua dificuldade prejudica a relação e acaba pedindo ajuda. Em outras palavras, ela se entrega e arrisca fazendo um investimento afetivo.
Se o namorado for sensível, mas não sentir por ela afeto o bastante, para se entregar também, ambos reconhecerão que têm expectativas diferentes. Neste caso, a relação pode terminar ou continuar -isso se o casal encontrar sentido em ficar junto, apesar das diferenças. Se ele desejar envolver-se mais, e não souber se entregar, a situação poderá ficar dramática. Ele sendo sensível reconhecera como legitima a expectativa da namorada e entendera o pedido dela como evidencia de seu afeto por ele.
Ele pode até ficar desconcertado com a facilidade com que ela se entrega, a ponto que desejaria fazer igual. Mas ele não consegue, não sabe o que entregar de si, pois não se conhece. Permanece o conflito entre desejo de entrega e a incapacidade de fazê-lo. A relação torna-se dolorosa, porque é no convívio com o outro que a pessoa constata sua incapacidade de entrega. Aonde vem a culpa.
A única saída que ele encontra é evitar o convívio, o que vai gerar outro conflito: ele quer ficar perto porque gosta, e longe porque a proximidade o faz sofrer. E o distanciamento dele desencadeia mais sofrimento nela, assim confirma a suspeita de que ele não a ama o bastante. Assim a frustração de ambos e a incapacidade de entender essa dinâmica inviabilizam a relação - mesmo que haja amor - ela não se sustenta. Se ele fizesse como ela o fim poderia ser evitado: buscar entender seus medos e fantasias, reconhecendo-se e compartilhando-os.
A entrega de ambos daria consistência ao relacionamento e juntos eles teriam mais chances e capacidade para vencer suas inseguranças.