23 de out. de 2009

O Futuro pode ser Melhor do que Pensamos.

Quando saiu o Sargent Pepper dos Beatles, em 1967, em Londres havia em King’s Road uma espécie de comício dissolvido nos olhares, uma palavra de ordem flutuando no vento, “blowing in the Wind”, como cantava Bob Dylan. O mundo careta tremia, ameaçado pelo perigo do comunismo e pela alegre descrença que os hippies traziam. O capitalismo rosnava de humilhação, condenado como sistema injusto e repressor da sexualidade. Houve uma primeira reação careta com o “fim do sonho” durante os anos 80, quando morre Lennon, mas com o fim da guerra fria, parecia que os Estados Unidos iam derramar pelo mundo seu melhor lado: a democracia liberal mais generosa, autocrítica, modernizadora. Parecia que a liberdade era quase uma necessidade de mercado. O mundo ocidental parecia estar lindamente “condenado” à democracia, à multilateralidade, à tolerância.
Mas, não era esse o desejo dos caretas republicanos que já na época planejavam este horrendo presente que temos hoje. Essa máfia de psicopatas republicanos queria se vingar do desprezo que sofreram nos anos 60, se vingar do vexame de Nixon e Watergate, se vingar dos Beatles, dos Rolling Stones, de Marcuse, de Dylan, da arte, dos negros, das mulheres livres, e principalmente da liberdade sexual que sempre odiaram. Imaginem Bush, Karl Rove ou Rumsfeld diante de um Picasso, ouvindo “free jazz”.
E, sem duvida, conseguiram impor: o mercado global insensato, roído de homens-bomba e medo, a destruição do Iraque, o Ocidente como cão fiel do Oriente. Foi a vitória radical da caretice estúpida contra a modernização do mundo, tanto no Ocidente, quanto no fundamentalismo islâmico. O medo de um mundo mutante esta na base dos fundamentalismos.
Osama, o maior estrategista dos séculos, acelerou e legitimou a burrice dos caretas no poder, fazendo a paranóia ganhar vida nova com o ataque a NY. Osama e Bush se uniram, sob a aparência de inimigos, numa aliança fundamentalista contra a democracia.
O poder que se estratificou na América de Bush tenta exterminar todas as conquistas dos anos 60 e a sabedoria conquistada com o sofrimento de duas Guerras Mundiais.
Em parte, conseguiram, mas creio que já há sinais no ar de que esta fase careta, dura, suja, esteja declinando. O terrorismo já denota sinais de arrefecimento, apesar dos periódicos alertas vermelhos do Bush, para manter seu eleitorado. A miséria que ronda o Islã é perigosa porque armada e suicida, mas a própria tecnologia que são obrigados a usar – internet, armas – talvez esteja começando a roer seus princípios fascistas e totalitários. O espantoso avanço da comunicação horizontal, via web e telefonia, esta provocando uma nova dialógica política e social natural, provocada pelas coisas mesmas. Tinha na América, uma possível vitória de Hillary, com Clinton de eminência parda, o surgimento de Obama, já indicava, talvez o fim de um ciclo republicano repugnante. É claro que continuava viva uma outra paranóia contra a contemporaneidade: o pavor do descontrole racial sobre o mundo, ou melhor, da ilusão de controle que os intelectuais tinham: “Ah... porque o humano esta se extinguindo, a grande narrativa, o sentido geral...”
Mas pergunta-se: que “humano” é esse que só no século 20 gerou duas Guerras Mundiais, Hiroshima e Nagasaki, Vietnã, China, Polpot, África faminta, etc... Que “humano” é esse que os racionais tentam preservar? Claro que a rapidez do avanço da tecnociencia dá frio no estomago, mas de alguma forma a vida mesma dará um jeito de prevalecer e talvez esse atual fantasma dos metafísicos esteja justamente nos libertando de antigos “sentidos” tirânicos, talvez uma melhoria da qualidade de vida possa vir justamente da desorganização da “idéia única”, tão amada pelos hegelianos de plantão. O Google é mais importante que o enciclopedismo iluminista.
O mundo esta se desunificando sim, em forma de uma grande esponja, em vazios, em avessos, em buracos brancos que vão se alargando, à medida que a ideia de um tecido da sociedade “como um todo” se esgarça. Não há mais “células de resistência”, apenas “buracos de desistência”.
Há tribalizações de grupos, sem proselitismo; há uma recusa ao mundo, aceitando-o como algo irremediável, mas sem conformismo. Por dentro de seu luto, as tribos se desenham. O que os já antigos “slackers” ou “gothicos” ou “rastas” ou “ravers” ou “punks” querem alcançar é uma forma de identidade alternativa. As tribos não almejam mais o poder, inclusive porque o poder esta em mil pedaços no mundo todo. Se antes a ideia de alienação era condenável, hoje alienação é aquilo que se deseja.
Hoje, a desesperança total esta parindo novas formas larvais de sobrevivência. E isso pode ser o novo rosto da humanidade se formando. Um novo humano, sim. Robotizado, tecnologizado talvez, pós-humano, talvez, mas podem estar se forjando novos espaços de liberdade e cultura. Que temos hoje e teremos no futuro? Na boa? Acho que já estamos lá.
A paisagem deste presente-futuro: no eixo central, teremos a fria competência no “mainstream” das corporações e não há força possível no mundo que impeça isso. E, em volta, haverá as “esponjas alternativas”, na periferia.
Antes, lutávamos contra uma realidade complexa, sonhando com utopias totalizantes. Era o “uno” contra o “múltiplo”. Hoje, é o contrario; a luta é para dissolver, não para unir; luta-se para defender o vazio, o ócio possível, a cultura não-descartavel, luta-se para proteger o “inútil” da arte, o que não seja “mercável”. Hoje, inimigo principal não é mais a “burguesia” gorda e fumando charuto; o inimigo é um totalitarismo empresarial que ninguém comanda. Agora, os novos combatentes não sonham com o absoluto; sonham com o relativo.

22 de out. de 2009

Teoria minha, em defesa de César.

César, tinha acabado de descobrir o méson PI. Que logo uns amigos iconoclastas, capitaneados por um "cabeça", passaram a chamar de Teson PI (sem comentários). No ano passado César se meteu numa nova pesquisa, um projeto, na Bolívia. Mas, agrediram César, é sempre assim, e ele reagiu.
E aproveitou pra dar também uma tascada em declarações políticas de Einstein. Alem de estar de acordo com César, sobre certas afirmativas sociopoliticas de Einstein, hoje saí (sem alarde) em "defesa" de César. Como se ele precisasse. Mas estou firme com ele. Não me interessa se sua proposta é ou fosse aparentemente inviável.
Não sou física e acho que nem muito viável.
E defendo a tese de que o cientista, em qualquer ramo, sobretudo no micromundo e no macromundo, não descobre a coisa assim, mamãe, lá vem o bonde. As coisas sempre nascem na cabeça dele, e se confirmam na pesquisa. Raramente o contrario.
O universo é tão rico de possibilidades que toda teoria esta contida no bloco de mármore. Basta cada um tirar o excesso e descobrir, dentro do bloco, a sua estatua.
Naturalmente, o idiota pode tentar fazer um cavalo de 3 metros num bloco de 2 metros. Vão ficar sempre faltando duas patas e um focinho.
Eu disse então de mim para comigo (não é uma expressão bonita? Acabei de inventar): "Não vou me meter na física. Só faço isso quando ela é gostosinha. Vou me meter em filosofias, ou melhor, em filosofadas".
Repito: nunca fui muito fã dos pronunciamentos sóciopolíticos do bruxo Mento Park (não, não, esse foi o Edson, coloquem aí o epíteto do Einstein). Nunca entendi o boquiabrir-se diante de suas afirmações que a mim sempre soaram como lugares-comuns pífios.
Leia alguma dessas pérolas e me diga se você colocaria qualquer delas num azulejo no seu banheiro:
*"O exemplo de caracteres grandes e puros é a única coisa capaz de produzir belas idéias e nobres feitos".
*"Só uma vida vivida para os outros é digna de ser vivida".
*"O homem só encontra sentido na vida, curta e perigosa como ela é, devotando-se à sociedade".
Sem falar menos inocente, no famoso "conselho" a Roosevelt, feito assim, com mão de gato, e depois tantas vezes negado:
"Trabalhos recentes de E. Fermol e L. Szilard levam-me a pensar que o elemento urânio possa transformar-se numa nova fonte de energia em futuro imediato... Uma única bomba desse tipo, explodida num porto, será capaz de destruir o porto junto com todo o território em volta dele...".
Por isso resolvi também publicar uma das minhas irrespondíveis conclusões "científicas" (com "aspas", sublinha, negrito e grifo, pra deixar claro que é Ironia).
**Segundo a Teoria da Relatividade - tão relativa que torna impossível os cientistas se entenderem -, o tempo assume a quarta dimensão, trabalhando de parceria com as tradicionais: altura, largura e comprimento. Todo mundo repete isso, de uma forma ou de outra. Sei não.
Os cientistas internacionais sabem que nunca tive o intuito de desmistificar Einstein, e reconheço que ele também nunca tentou isso comigo. Mas, como há um confronto com César, venho a público revelar a minha teoria, que abala um pouco a de Einstein:
**O Tempo Não Existe. Só Existe O Passar Do Tempo.**

20 de out. de 2009

Você é otimista, Poliana?

Como não? Vivo no melhor dos tempos. Violência? Voltem pra Idade Media. O rei podia tudo, o barão podia tudo e a porrada comia solta. Era regra. Cortavam a mão do ladrão e o pinto do tarado. E só havia uma atividade; tomar a terra do outro barão, e de passagem decapitando tudo que era camponês. E fingindo não ver os doentes.
E o começo da era cristã? Ou vocês não viram Mel Gibson estraçalhando Jesus Cristo?
E pouco mais pra trás era comum Nabucodonosor mandar redecorar as muralhas de suas fortalezas com a pele dos inimigos. As visitas A-DO-RA-A-VAM. E a sangueira das santas cruzadas? E a Inquisição, na qual o cara (Antonio José da Silva, o Judeu) era levado à morte só por escrever "céu da boca".
Ah, bons tempos em que a gente podia ir tricotar na primeira fila da execução e jogar mais um graveto na pira em que John Huss era queimado, e ele ainda agradecendo: "Sancta simplicitas!"
Mas não vamos esquecer o grande Ataturk, que modernizou a Turquia com seus "jovens turcos". Liquidou 1 milhão de armenicos (um terço da população da Armênia), muito mais do que, proporcionalmente, morreram judeus nos campos de concentração nazistas.
Falar em nazistas, o comunista do Stalin matou 10 ou 40 milhões de companheiros? Opiniões.
E nas nossas Américas, segundo cálculos - como é que eles calculam? - não foram mortos pelo menos 100 milhões de nativos? No Haiti, não sobrou um nativo. A população de hoje é toda importada.
Pois encham a boca com o Império Romano, Alexandre, Grécia.
Ah, Grécia. Citem um atleta da época com a elegância e eficiência do Kaka. Da Grécia eu só conheço restos de mitologia e atletas sem braços. E fiquem com o "Período Elisabetano" (um grupo de exploradores sugando o sal do mundo), a Belle Époque (uma sociedadezinha afetada, que vestia porcamente, e cujo único valor foi provocar a obra de Marcel Proust). E fiquem com os tempos em que luditas de todas as inocências lutavam contra teares e maquinas a vapor. Porque iam tirar empregos. E iam mesmo.
Revoluções perdidas felizmente, a humanidade avançando. Da média de vida de 41 anos há um século chegamos à de 80, hoje. No Brasil, a expectativa é só 67. Devido à eterna luta entre a "fome zero" e o "semi-árido".
**Responda depressa: aonde é que o pessoal ia quando não tinha cinema? A musica era coisa de superelite. CD, nem pensar. Dor? Aguenta, amigo. E boa parte da humanidade era boi. Vivia naquilo que Marx chamou de "a idiotia da vida do campo". Marx, completamente certo. Não diz nada a ninguém - nunca houve um tempo tão maravilhoso, quanto o nosso. Benefícios e alegrias chegam a mais gente do que jamais chegaram. Na maior parte dos países, Brasil incluído, a televisão é universal. Mais da metade da população da Terra - mais de 3 bilhões de pessoas -, ricos, pobres e até párias, em 2001 já tinham visto, fascinados, as duas torres do WTC vindo abaixo, boa parte assistiu, juntos, a posse de Barack Obama esse ano. Eta nóis, hein, mãe?!

Pois é, paradoxamente a violência é resultado da melhoria da vida humana. A automação, como temiam os luditas, provocou, e provoca, desemprego em massa. Mas, quando isso começou, me falaram: "Calma, agora temos o socialismo".
Pois cada vez se torna menos essencial o trabalho humano primário. E, desempregadas as pessoas, estas - não apenas os "revolucionários" - saem às ruas queimam pneus, põem a boca no mundo.
Sabendo o que querem. O que querem é simples - comida, bebida, habitação e algum trocado.
Só existe uma saída, distribuir, dividir. Embora eu já tenha feito as contas: dividindo a riqueza do mundo pela miséria do mundo não dá um prato de farinha pra cada um. Mas vamos tentar. Ou esta bomba explode. Em vinte, cinquenta anos, no maximo. Enquanto isso relaxem e aproveitem.
Eu já estou nessa. Acesso a internet, vejo um filme DVD, bebo alguma coisa gelada, desligo o CD de um Mahler meio chato, puxo uma coisa melhor pra ouvir no MP4, e ainda ouço, lá longe, uma mulher cantando, em tom passado: "Mamãe eu quero, mamãe eu quero...".
**Mas gozem depressa.**
Stephen Hawking, astrofísico, um dos homens de ponta de nosso tempo, avisa no genial O Universo numa Casca de Noz (só entendi 9%): "Dentro de 600 anos, apenas 600 anos! o mundo terá um ser humano encostado no ombro do outro. E haverá consumo de energia tão grande que a Terra ficará incandescente". E neste mundo de mecânica quântica, 10 dimensões, supergravidade, P-branas e buracos negros, Lula proclama, entusiasmado:
"O Brasil Vai A Todo O Vapor".

Amor ou Razão


Amor e razão, dois sentimentos inimigos...
Amor racional é a razão acima do coração,
Amor passional é o coração acima da razão.
Amor, não entendo o que se passa comigo.
Se amo, não posso pensar,
Se penso, não posso amar.
O que fazer? Ao amor me entregar, e sofrer.
Ou deixar o amor passar...
Amor, ou razão? Ambos é impossível
O amor é fogo, é paixão, é incrível.
A razão é água, é calma, é crível.
Então sofre a minha alma sensível.
Se quero viver de verdade,
Sentir o calor da vida, tenho que amar,
Sofrer, talvez, na eventualidade,
de não ser amada por quem me apaixonar...
Então decidi... esqueço a razão
Entrego-me à paixão de um louco amor.
Sendo eterno, ou não,
**Que dure o tempo que for...**

18 de out. de 2009

Fim de Sonho

Mais um dia amanheceu
Você não apareceu
E eu continuo aqui
Como sempre a esperar
Quando você voltar
Parece que não vai mais vi
Eu que achava que o amor era pra sempre
E sonhava, num mundo só da gente

Mas o sonho acabou, quando você se foi
Nem quis saber de mim
Mas se a vida é pra viver
Eu vou te esquecer
Quando achar um outro alguém
Que me faça, feliz como eu quis te fazer
Que me de, o amor que eu dei para você
E um dia...Quando você lembrar de mim
Vai ser tarde, eu não estarei mais afim
Vou aprendendo a viver sem você
Pedras no caminho eu sempre vou ter
Eu espero que sejas feliz com quem for
E encontre o seu verdadeiro amor

16 de out. de 2009

Ana Paula Arósio se masturba em novo filme.

Atriz viverá professora universitária homossexual em longa de Malu de Martino

Ana Paula Arósio interpreta lésbica


A atriz Ana Paula Arósio viverá uma professora universitária homossexual no filme “Como esquecer”, de Malu de Martino, que deve ser lançado no primeiro semestre de 2010.

O que não sabíamos eram alguns detalhes das cenas, que começam a ser divulgadas aos poucos. A jornalista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, informou hoje que Arósio fez uma cena em que sua personagem aparecerá se masturbando.

Na trama, Júlia, a professora interpretada por Arósio, foi abandonada pela namorada depois de uma relação de mais de dez anos. Após a separação, Júlia vai morar numa casa, em Pedra de Guaratiba, no Rio, com seu melhor amigo, Hugo (Murilo Rosa), também gay. Lá ainda mora  Lisa (Natália Lage) e os três formarão uma espécie de “nova família” .

Júlia despertará o interesse de uma de suas alunas, Carmen, que será vivida por Bianca Comparato. Mas será Helena (Arieta Correia) quem mexerá com a professora, apesar de ela não se sentir preparada para novos relacionamentos.

“Trabalhar com a Ana foi uma super experiência.  Ela é a atriz dos sonhos de qualquer diretora por se entregar completamente à personagem e ser uma trabalhadora incansável, seguindo a direção proposta de maneira integral e apaixonada”, disse a diretora Malu de Martino em entrevista à coluna de Patrícia Kogut.

Ana Paula Arósio se masturba em filme.

The L Word Theme - Betty





Girls in tight dresses
Who drag with mustaches
Chicks drivin' fast
Ingenues with long lashes
Women who long, love, lust
Women who give
This is the way
It's the way that we live

Talking, laughing, loving, breathing,
fighting, fucking, crying, drinking,
riding, winning, losing, cheating,
kissing, thinking, dreaming.

This is the way
It's the way that we live
It's the way that we live
And love



.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-..-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.


Meninas em vestidos apertados
Que se travestem com bigodes
Garotas dirigindo rapido
ingenuas com longos chicotes
As mulheres que sentem saudades, amam, desejam
Mulheres que se entregam
Esta é a maneira
É a maneira que nós vivemos

Falando, rindo, amando, respirando,
lutando, fodendo, chorando, bebendo,
montando, ganhando, perdendo, trapaceando,
beijando, pensando, sonhando.

Esta é a maneira
É a maneira que nós vivemos
É a maneira que nós vivemos
E amamos

11 de out. de 2009

Lembranças...

Já estava deitado,
Com o corpo largado,
Esperando o sono chegar
Para dopar a minha lucidez.

Lembranças de um amor passado
Vieram, em vez,
Como vem o vento,
Visitar a minha solidão.

Amor
Mal acabado,
Há muito tempo empilhado
No fundo do porão
Dos meus sentimentos.

Imagens insistentes
De momentos distantes
Submergiram coloridas
No espelho da minha mente.

Imagens
De um encontro singelo,
Divertido e
Apaixonado.

Chocolates em forma pingos sólidos,
Carinhosamente arrumados lado a lado
Sobre a mesa de vidro,
Desenharam um coração.

Dentro do coração,
Mais pingos sólidos de chocolates
Desenharam as letras
Dos nomes abreviados.

Um capricho romântico.

A sombra dos nomes,
Emoldurados pelo coração,
Foi projetada no teto
Pelo efeito da luz
De um fogo perfumado.

Impressionada.
Derretida.
Emocionada.
Seduzida.
Entregou-se
Ao início da vida.

Memórias congeladas.

Lembranças pinçadas,
Entre as mais sensíveis,
Afloraram catalogadas
Como inesquecíveis.

Lembranças
Dos abraços cegos,
Dos sorrisos largos,
Dos beijos doces,
Do corpo tenro,
Da pele quente,
Da brancura virgem,
Do feminino puro,
Dos apelos indecentes,
Da recepção suave,
Dos grunhidos infantis,
Da sensação de minar,
De ambos os ventres,
Chocolates derretidos
Pelo fogo invisível
Desse amor
Sem final,
Imortal.

10 de out. de 2009

Você se conhece?

Quem se conhece tem mais chance de viver relacionamentos plenos...

O amor não é suficiente para tornar uma união "sustentável". Alem dele, é preciso que haja entrega dos parceiros. O problema é que para uma pessoa se entregar ela precisa se conhecer. Quem não se conhece não tem como se deixar conhecer pelo outro. Já quem tem consciência de suas emoções e fantasias consegue separar o que é seu do que é do parceiro e entregar-se de fato.

A palavra sustentabilidade está na moda. Então vamos aplicá-la, nas relações. Começando, pergunto: o que torna uma relação "sustentável"? Se você respondeu que é o amor, sinto, mas errou.
A entrega é que cumpre esse papel.
Por mais que seja amorosa a relação, se não houver entrega, a união será superficial e seu "prazo de validade" chegara mais cedo.
Vale ressaltar que entrega é a atitude de "dar-se a conhecer". Mas, como só se pode dar o que se tem, para se entregar é preciso se conhecer antes. Quanto mais você se conhecer, mais poderá distinguir o que é seu do que é do outro, e assim poderá ir se entregando. Nos tempos de hoje, no entanto, hábitos como introspecção (observação dos próprios pensamentos ou sentimentos) e reflexão, não são mais usados.
Internet, celular, televisão, tudo isso de alguma forma tem nos distanciado de nós mesmos. A grande maioria das pessoas é pouco intima dos próprios pensamentos, emoções, atitudes e mecanismos de defesa. E por isso confunde emoções, incomoda-se com dilemas, não sabe lidar com conflitos e assim não sabendo entregar-se. Para entender como isso interfere na relação, imagine que uma moça diz ao namorado:

"Estou insegura, pois não sei o que represento em sua vida. Às vezes acho que você gosta de mim, outras, que não. Nessas horas fico magoada e infeliz. Se tento não pensar no assunto, me culpo, pois acho que me acomodo. Gostaria de não ser assim, procuro mudar, mas estou com dificuldades. O que a gente poderia fazer a respeito? Você pode me ajudar?"

Repare que agora ela esta dizendo coisas que ele não teria a mínima condição de saber se ela não expusesse "seus conflitos". Ela assume a insegurança e não o culpa pelo o que ela esta sentindo.
Gostaria de se sentir mais segura, e reconhece que sua dificuldade prejudica a relação e acaba pedindo ajuda. Em outras palavras, ela se entrega e arrisca fazendo um investimento afetivo.
Se o namorado for sensível, mas não sentir por ela afeto o bastante, para se entregar também, ambos reconhecerão que têm expectativas diferentes. Neste caso, a relação pode terminar ou continuar -isso se o casal encontrar sentido em ficar junto, apesar das diferenças. Se ele desejar envolver-se mais, e não souber se entregar, a situação poderá ficar dramática. Ele sendo sensível reconhecera como legitima a expectativa da namorada e entendera o pedido dela como evidencia de seu afeto por ele.
Ele pode até ficar desconcertado com a facilidade com que ela se entrega, a ponto que desejaria fazer igual. Mas ele não consegue, não sabe o que entregar de si, pois não se conhece. Permanece o conflito entre desejo de entrega e a incapacidade de fazê-lo. A relação torna-se dolorosa, porque é no convívio com o outro que a pessoa constata sua incapacidade de entrega. Aonde vem a culpa.
A única saída que ele encontra é evitar o convívio, o que vai gerar outro conflito: ele quer ficar perto porque gosta, e longe porque a proximidade o faz sofrer. E o distanciamento dele desencadeia mais sofrimento nela, assim confirma a suspeita de que ele não a ama o bastante. Assim a frustração de ambos e a incapacidade de entender essa dinâmica inviabilizam a relação - mesmo que haja amor - ela não se sustenta. Se ele fizesse como ela o fim poderia ser evitado: buscar entender seus medos e fantasias, reconhecendo-se e compartilhando-os.
A entrega de ambos daria consistência ao relacionamento e juntos eles teriam mais chances e capacidade para vencer suas inseguranças.
Eu sempre achei que havia um lugar ao sol
Pra quem quisesse lutar.
Por isso fiz poemas e textos grandes.
Para sentimentos grandes.
Agora veio este pequeno, que cabe bem,
eu acho,
Neste cantinho de pagina.


"Um povo que ama a liberdade acabará por se tornar finalmente livre" (Simón Bolivar)


Incubadora
Liberta
Os sentimentos que estão incubados
Maltratados
Adormecidos no breu.
Para que insistir num amor
Rotulado
E vinculado
A todos caprichos seus
Se o amor
É muito maior
E o espaço
É infinito
Embora o tempo seja feroz
Nada estará perdido entre nós!



Porto Seguro
Com você aprendi quase tudo o que sei.
Com você me reeduquei.
Aprendi com seu silencio,
Com sua sabedoria fabularia
E com a sua “infância” permanente.
Grandes coisas simples aprendi com você.
aprendi que o amor reparte,
Mas sobretudo acrescenta
E, diuturnamente, aprendo com a alegria deste
amor maravilhado.
E sei que tudo o que você transmite é inesperado
Como o arco-íris.
Grandes coisas inusitadas aprendi com você.
Hoje a vida renasce de nossos corações
Como se vivêssemos de espantos,
Como se quiséssemos ter a forma perfeita e
acabada,
Como o olhar tranquilo dos lagos.
Agora entendo que o seu gostar
É misteriosamente impenetrável
Como as profundezas de um espelho,
Mas tenho consciência deste amor
E tudo o que aprendi com suas delicadezas secretas,
Como fruta aberta.
E nessa sucessão constante de agoras,
Só hoje é definitivo e, assim,
Vamos levando adiante essa paixão
Que se recusa a virar memória.

(Extraído do livro "O bem que nos queremos")


Caçador de mim
"Por tanto amor, por tanta emoção, a vida me fez assim, doce ou atroz, manso ou feroz, eu caçador de mim.
Preso a canções, entregue a paixões, que nunca tiveram fim, vou me encontrar, longe do meu lugar, eu caçador de mim.
Nada a temer senão o correr da luta, nada a fazer senão esquecer o medo
(...) Longe se vai, sonhando demais, mas onde se chega assim? Vou descobrir o que me faz sentir eu caçador de mim."

(Luiz Carlos Sá e Sérgio Magrão - Caçador de mim)


Alegria...

Alegria em vê-la
Alegria em tê-la
Alegria em beijá-la
Alegria interrompida: Acordei!


A vida é melhor quando se tem a coragem de contrariar todas as regras...

9 de out. de 2009

Segredos e Segredinhos

Basta você ter pensamento positivo para conseguir as coisas na vida.
Essa é a nova (velha) corrente que atormenta meu computador e vida, -.-' desde que foi lançado o filme “O Segredo”, e depois o livro do “segredo”, e depois a corrente da oração do “segredo”, e depois o amuleto do “segredo” e depois a camiseta do “segredo”. E também o boneco de pelúcia do “segredo”, que tem um botão na barriga e quando você aperta ele diz: “Eu sei qual é o segredo”.
Nunca vi, aliás, um segredo ser tão pouco secreto, vendido, marqueteado e dar tanto lucro. Já não se fazem mais segredos como antigamente.
Daquela época em que o máximo que você fazia com um segredo era contar pra uma amiga.
Que contava para outra.
Mas nunca era publicado num livro. No maximo, num blog.
Ai, se a vida fosse tão simples. Não existiriam psicanalistas, nem psiquiatras, nem pais de santo, nem meninas que ganham a vida escrevendo sobre os problemas da vida para adolescentes em jornais de grande circulação.
Vocês pensariam positivo e não teriam motivos para ler esse texto. E eu pensaria tão positivo que não teria assunto que escrever nesse texto.
Sabemos muito bem que, quando desejamos muito uma coisa, periga acontecer. “A palavra tem poder”, diriam os mais velhos.
Principalmente quando passamos na frente da pessoa, damos uma piscada de olho e dizemos “Te quiero”.
Também sabemos que, quando desejamos coisas que não devíamos, como “uma namorada desempregada e que não tenha casa, para que ela fique bastante tempo na minha”, elas DE FATO ACONTECEM.
Sabemos do poder do segredo e também do poder da calça jeans justa.
Ou da inteligência, dependendo do público-alvo.
E acreditar no tal “segredo” é pensar que a vida esta sempre sob nosso controle. E a vida nunca esta sob nosso controle. Muito pelo contrario. A gente não tem controle de nada.
**Bem vindo ao mundo, porque é assim que ele é.**
E com o sucesso do “segredo”, fico pensando o seguinte:
agora que o segredo foi revelado e vendeu muitos livros, toda a humanidade tem a chave de satisfazer todos seus desejos.
Como os desejos de um se sobrepõe aos dos outros,
isso causara uma espécie de overbooking desejoso.
Ate porque alguns desejos são diametralmente contrários uns aos outros.
Um caos. Mas não tem problema.
Pois irão lançar o livro “Como o seu pensamento positivo pode ser maior que o do seu vizinho”.
E assim caminha a humanidade. Em círculos.

Meu momento de histeria.

TE QUIERO!

Se... [Lya Luft ]

Se te pareço ausente, não creias:
hora a hora minha dor agarra-se aos teus braços,
hora a hora meu desejo revolve teus escombros,
e escorrem dos meus olhos mais promessas.
Não acredites nesse breve sono;
não dês valor maior ao meu silêncio;
e se leres recados numa folha branca,
Não creias também: é preciso encostar
teus lábios nos meus lábios para ouvir.
Nem acredites se pensas que te falo:
palavras
são meu jeito mais secreto de calar.
 Lya Luft

7 de out. de 2009

O dilema entre o perdão e a vingança.


“Enquanto dormimos / a dor que não se dissipa / cai gota a gota sobre nosso coração / ate que, em meio ao nosso desespero / e contra nossa vontade / apenas pela graça divina / vem a sabedoria.”

Esses versos escritos há 25 séculos pelo poeta grego Ésquilo, formam a mais antiga e, para muitos, a mais bela conclamação ao perdão jamais colocada em pedra, papiro, papel ou tela.
Esses mesmos versos de Ésquilo, em uma passagem da peça Agamenon. E luta entre a sabedoria que leva ao perdão e o desejo de vingança.
Os entendedores da mente humana enxergam em boa parte dos episódios que chamamos de vingança apenas explosões momentâneas de ódio e reflexos de defesa.
Vingança mesmo começa pelo coração, é tramada no cérebro, guardada na memória, e sua execução é cuidadosamente lapidada pelo inconsciente.

“Enquanto dormimos / a dor que não se dissipa / cai gota a gota sobre o nosso coração...”

Se não nos socorre a sabedoria, a vingança encontra seu caminho. Por que ela não se dissipa, não desaparece lentamente como o conhecimento acumulado ou o nome daquela pessoa importante com que cruzamos no passado e que seria vital lembrar agora?
Os psicólogos colocaram de pé duas teorias principais sobre o poder de permanência do desejo de vingança. A vingança é um impulso que se desenvolve basicamente em quatro etapas.
A pessoa entende que sofreu um dano e conclui que este foi causado por outra pessoa. Em seguida acredita que esse dano foi injusto. E, por ultimo, sente o desejo de retaliar.
A questão que se coloca a partir desse ponto é a seguinte: por que o homem carrega dentro de si o espírito vingativo?
Duas teorias estão entre as mais prováveis.
A primeira é que o desejo de vingança é um tipo de toxina existente na mente apenas das pessoas rancorosas. Isso pode ser atribuído a perturbações mentais ou morais, a pais ausentes na infância, a fatores culturais.
A outra possibilidade é que se trata de um sentimento tão natural no ser humano quanto o amor, o ódio e o medo. Um século de pesquisas sociais e biológicas deu aos cientistas a certeza de que a segunda teoria é a mais sólida. O desejo de vingança é uma parte perfeitamente normal da natureza humana e sua supressão pode ser apenas um daqueles recalques que a vida moderna em sociedade nos incute.

Pérolas do Google

Todo compositor brasileiro é um complexado
Porque então essa mania danada
Essa preocupação de falar tão sério
De parecer tão sério
De ser tão sério
De se sorrir tão sério
De se chorar tão sério
De brincar tão sério
De amar tão sério?
Ah, meu Deus do céu
Vá ser sério assim no inferno


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Pérolas do Google

Se querem saber a verdade, o que eu mais gosto desse negócio de "internet" é poder ver as pesquisas que as pessoas fazem no Google. Fico horas pensando em quem são essas pessoas, o que fazem da e com a vida... Enfim, é divertido e de comprovado efeito terapêutico (e didático, para um futuro psicanalista).
Abaixo uma lista com pesquisas feitas nos últimos dias:

"Como escrever muito bem?" - Acha que se soubesse a resposta eu teria um blog?

"menina ruiva nua" - ~> maiores de 18 anos, é claro! <~

"Por que é tão difícil dizer não ao homem?" - Eu queria mesmo saber é por que é tão difícil ouvir sim da mulher.

"Como ser livre, sem pudor, libertário e sem compromisso?" - pergunte ao Alex Castro, ele sabe.

"músicas que têm a palavra Denis" - Só se for a trilha daquele desenho animado, mas algo me diz que você quis escrever outra coisa.

"peluda" - Diferente, é verdade, mas eu também gosto.

"minhas fotos fazendo sexo" - Querida, o Google ainda não sabe indexar seus objetos pessoais.

"contos com cafajestes" - Já conhece o Alcebíades?

"amor" - Se você fosse leitor do Inagaki saberia que quem procura amor no Google dá de cara com um "404 not found".

"piadas curtas do time do Palmeiras para orkut" - Edmundo perdeu pênalti; Palmeiras fora. Hahaha!

"como conquistar um homem pra sempre" - Tenha 19 anos para sempre (brincadeirinha!).uia

"amor, hoje você mim deixou triste" - Mim pede desculpas.

"faz 7 anos e não te esqueci" - Eu sei, mas juro que foi a única vez que "amarelei" em toda a minha vida!

"bingo erótico" - Sim, existia, e ficava na Mooca.

"anos luz pentecostais".~>sem comentarios<~

Euvocê&todosnós

Uma conversa entre eu e ele (minha consciencia), sobre a vida...
Sinto um peso enorme sobre as costas, minhas verdades intangíveis. Coisas simples assim, eu disse sem hesitar. E me sacaram um olhar cortante e eu permaneci ereta com minhas convicções - a desilusão é um vírus, cara. Me disseram que  acham necessário e normal todo e qualquer ressentimento entre nós....
- A verdade é que segundo as boas linguas, nós estamos cansadas demais, meu amor. Cansadas dessa mesmice de sempre, desse mal estar todo.  É, estamos fodidos e mal pagos, frustradas até as pontas dos pés, cheios de verdades indigestas. Novamente disseram que eu não tenho medo de nada, e que eu não posso, não posso compreender uma porção de coisas tipo essas: euvocêetodosnós. Eu disse que meu corpo oscila de um lado para o outro,  na simples tentativa de permanecer no centro. E ele falou, ninguém se esquiva, inclusive eu. Ninguém me sustenta, inclusive eu. Então há de se chegar mais perto, meu amor. Pois nós já nos cansamos dessa quilometragem inútil. Volta e meia é o escambau, são voltas longínquas e intermináveis dentro do peito. Lá vou eu a correr de braços abertos em sentimentos de selvagem júbilo. Mas a verdade é que eu mereço mais que esse seu silêncio e esse ar de quem está sempre muito ocupado. Já chega, dizemos pra nós mesmos, e nos agarramos na certeza que só um parcial idiota ou completo inexperiente estaria perfeitamente de acordo em fazer qualquer coisa como essa...

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ps:alguém me responde: qual o maior mistério do mundo?

O coração de uma mulher
ou o mar?

(vai e vem. vem e vai. correntes. tempestades. calmarias. chego a uma conclusão natural (quase infantil): O mar é feminino.


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CaZuZa disse um dia: “Não adianta desperdiçar sofrimento por quem não merece. É como escrever poemas no papel higiênico e limpar o cu com os sentimentos mais nobres.”

Confissão...

Eu não sou uma pessoa boa, mas com certeza existem piores que eu por aí. Afinal, nunca matei, nem roubei, muito menos algo do próximo. Posso dizer que tenho equilibrado bem o decálogo, mas não sei o que seria ou o que vai ser de mim. Talvez eu não seria essa mulher cheia de particularidades e cansaços. sobrevivo em quaisquer situações, só não aprendi mesmo a tirar o sutiã com uma das mãos.
Sabe, no fundo eu sou um sentimental. Todos nós herdamos no sangue uma boa dosagem de lirismo. Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar o meu coração. Fecho os olhos e sinceramente choro...

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Está sendo difícil dormir esses dias, parece que a insônia faz questão de me segurar por mais tempo como se cada segundo estivesse encarregado de anunciar nada mais e nada menos que essa ausência, que já não sei mais se é minha ou sua. Só sei dessa vontade de estender o braço para agarrar algo e perceber no meio do caminho percorrido como um gesto tornou-se absolutamente em vão. Porque a real é que eu tento, cara, como eu tento e bato a cara no muro. Na rua eu saio emputecida e totalmente desiludida com a vida e com Deus e comigo e com você e até parece que está escrito na minha testa o tamanho do meu pesar - eu e as escrotices do coração - anos e anos de terapia pra entender que "tem mais presença em mim o que me falta" mas se não fosse o colega letrado nunca me lembraria dessa certeza dilaceradamente viva que cresce feito erva-daninha pelo corpo dentro do peito faço o possível para evitá-la só que entenda meu bem, falar sobre desamor é uma luta diária que frequentemente perco.

5 de out. de 2009

Socuerro! Buemba! Buemba! Urgente!

Socuerro! Buemba! Buemba! Urgente!
Eu a esculhambadora-geral! Direto do [meu momento] da Piada Pronta!
Estava vendo um documentário na TV Cultura sobre aquecimento global e adivinha qual era o nome da apresentadora? Alessandra CALOR!
E outra piada pronta: só tinha um brasileiro no elenco do Cirque du Soleil, em 2007. E adivinha fazendo o quê? Palhaço. É verdade.
Por falar em circo. Tem o Cirque du Soleil e o Circo do Salomão: os malabaristas de farol!
E o Silvio Santos é dono de alguma empresa de dedetização? Olha os filmes: “Ataque das Borboletas”, “Invasão das Serpentes” e “Briga das Aranhas Malditas”! (se não fosse o ‘malditas’ seria até interessante o filme)
Quem lembra do encontro do Lula com o primeiro-ministro espanhol, (?)
só sei que eu ADOREI o dialogo entre eles. “Muito prazer, Zapatero”. E o Lula: “Muito prazer, TORNERO!”. Rarará!
E sabe o que vácuo? Fazenda onde o Renan cria (ou criava) suas vácuas!
E as bodas de diamante da CPMF? Quem nasceu primeiro, o ovo ou a CPMF?
CPMF quer dizer Continue Pagando Mesmo Ferrado.
E CPMF tambem quer dizer Contribuição Permanente para se Manter na Fila!
Tem um cara que foi pra fila do SUS pra operar a fimose e demorou tanto que acabou operando a próstata. Rarará!
E CPMF era originalmente pra Saúde. E continua sendo: você precisa ter saúde em dobro pra pagar a CPMF.
**O Brasil é um inferno fiscal! Não aguento mais pagar imposto.**

E corria na internet o convite pela reabertura do Bahamas, apresentando o espetáculo “Em terra de putaria, quem tem puteiro é rei”. Com participação especial de Renan e Mônica Veloso e o grupo teatral de Brasília, CPI. Conluio Para Inocentar. Rarará!

É mole? É mole mas sobe! Ou como diz o outro: é mole, mas bate pra ver o que acontece!
AntiAntiSacanagem Reloaded, a Missão. Criei uma heróica e mesopotâmica campanha ‘Morte aos AntiSacanagens’. Um exemplo irado de AntiSacanagem. É que em Sampa, tem um inferninho chamado Las Jegas! Rarará! Parece Dias Gomes! Mais direto impossível.
Viva a Sacanagem. Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro obvio lulante. “Efeito Orloff”: companheiro Lula voltando da viagem pela Finlândia, Suécia e Noruega. O mundo dá muitas vodkas. Rarará.
**O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza.**
Hoje, só amanhã.
Que agora eu vou pingar o meu colírio alucinógeno.
E vai indo que eu não vou!

4 de out. de 2009

Citações:

"É melhor ser você mesmo, do que uma versão que agrade os outros."

"Não ando perdida, mas desencontrada."
(Cecília Meireles)

"A pessoa espiritualizada vence a ira com calma, extingue querelas com silencio, dispersa a desarmonia com palavras suaves e envergonha a descortesia mostrando consideração."
(Paramahansa Yogananda)

"A vida não é breve. Nós que a encurtamos."
(Sêneca 4 a.C. -65)

"Há momentos em que temos de escolher entre levar uma vida completa e integra ou suportar a existência falsa, frívola e degradante que o mundo, em sua hipocrisia, exige."
(Oscar Wilde)

"Toda felicidade é uma obra-prima: o menor erro a deturpa, a menor hesitação a altera, a menor deselegância a estraga, a menor tolice a embrutece."
(Marguerite Yourcenar)

"O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos."
(Eleanor Roosevelt)

"(...) O ser dá as possibilidades, mas é pelo não-ser que as realizamos."
(Lao-tsé)

"Não sou humilde, gosto mesmo do que faço."
(Cazuza)

"Bela senhora! Fizeste de minha pobre alma um esfregão de cozinha."
(Laurence Sterne)

"Há o amante e o amado, e cada um vem de mundos diferentes. Muitas vezes, o amado é apenas um estimulo para todo amor que, até então, permaneceu guardado no amante."
(Carson McCullers)

"A gente morre é para provar que viveu."
(João Guimarães Rosa)

"Aja como se tudo que você faz fizesse diferença. Pois faz."
(William James)

"Tudo o que se pensa ou é afeto ou aversão."
(Robert Musil)

"O que aprendi, já não sei. O pouco que sei ainda adivinhei-o."
(Nicolas-Sébastien Chamfort)

"O homem, por mais que seja ambicioso, é sempre um ser finito e incapaz de resolver todos os problemas, mesmo porque problema resolvido significa nascimento de outro problema resolvido haverá sempre perguntas novas a fazer."
(Miguel Reale)

"Seria tudo muito simples. Se eu soubesse o que faço. Mas, na verdade, caro amigo, esqueço até esse detalhe."
(Roberto Marinho Azevedo)

Aprendendo a Viver

Aprendi que se aprende errando
Que crescer não significa fazer aniversario
Que o silencio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem
Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face

Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura por ela
Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada
Que a Natureza é a coisa mais bela na Vida
Que amar significa se dar por inteiro
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos
Que se pode conversar com estrelas
Que se pode conversar com a Lua
Que se pode viajar alem do infinito

Que ouvir uma palavra de carinho faz bem a saúde
Que dar um carinho também faz...
Que sonhar é preciso
Que se deve ser criança a vida toda
Que nosso ser é livre
Que Deus não proíbe nada em nome do amor
Que o julgamento alheio não é importante
Que o que realmente importa é a Paz interior

E finalmente, aprendi que não se pode morrer,
pra se aprender a viver...

2 de out. de 2009

A Vida Sem Televisão.

Parece que só eu roubo. Cara eu digo uma coisa - numa roda de pôquer com a turma eu só jogo com baralho novo.

Meu amigo sente-se cansado, abatido, desmoralizado, com a consciência de que a vida é vulgar, que nada vale nada? Acha, permanentemente, que a existência perdeu todos os valores, que não há mais ética, estética, nenhum objetivo mais a atingir? Sua vista está obnubilada por permanente poluição visual? O mundo chegou a uma comercialização (aí o trocadilho!) a qualquer preço?

Não Desespere

Telefone-nos imediatamente e destruiremos logo sua televisão. Grátis!
Sem televisão você será uma pessoa inteiramente nova (ou velho).
Sem televisão você voltará a ver a vida pelo lado de fora.
Sem televisão seus filhos púberes não aprenderão que o objetivo da existência é parasitar os mais velhos o tempo todo, enquanto lhes colocam o dedo na cara, acusando-os disto, disso, daquilo e sobretudo daquiloutro.
Sem televisão os pais não se defenderão dos filhos botando a culpa na sociedade.
Sem televisão sua mulher não se sentirá mais esmagada pelo seu machismo e ansiosa "por um tempo", e "por seu próprio espaço".
Sem televisão você não se sentirá mais derrotado se "não levar vantagem em tudo".
Sem televisão seus filhos aprenderão que erótico não é só transar feito cachorro, e que transa só realiza plenamente com carinho e motivação psicológica e não apenas com chupões babosos de sapos dendrobatas (sapos-veneno-de-flecha).
E seus filhos, e você mesmo, poderão se livrar desse processo social démodé, serôdio, descambado (dicionário, rápido. Pode ser eletrônico!)

Sem televisão sua casa será de novo um lar!

Algumas Nothas!

"O patriotismo é o ultimo refugio do canalha." Dr. Johnson, pensador inglês.
"No Brasil, é o primeiro”.

Algumas Nothas

O Substantivo
Caleçon, mutante, short, calzón, em qualquer língua a palavra que designa a roupa de baixo masculina não dá pra você carregar dinheiro nela. Só em português – e aqui no Brasil -, cueca, sobretudo cheia de dólares, faz sucesso retumbante. Porque, todos sabem, as palavras em português terminadas em eca são, no mínimo, desfrutáveis: zooteca, soneca, fulustreca, rabeca, peteca, meleca, munheca, desmunheca, moleca, marreca, careca, defeca, perereca e, gloriosamente, xereca.

Democracia
Lula, defensor do analfabetismo como neocultura, enviou ao Congresso uma MP proibindo a elitista ordem alfabética.

Transparência
Primeiro escândalo internacional que ocorreu nesse imenso Brasil (Ano de 2005, Marcos Valério, Delubio Soares, Roberto Jefferson, José Dirceu, dólar na cueca, lembraram, agora.), a imprensa, como vem demonstrando extraordinariamente até hoje, é, mais do que nunca, o Quarto Poder. A internet com sua repercussão-relampago e capacidade de invadir e influenciar todos os setores, já é o Quinto Poder. Estamos, sempre estivemos, a reboque da tecnologia.

Mestre
Aprendemos com nosso Presidente: a caixa dois das campanhas eleitorais, a fome, a discriminação (Lula tem horror de viado, como provou em Pelotas, e a internet mostrava interminavelmente), o desemprego, o mensalão, a incompetência, tudo isso é o que chamamos de "a ordem natural das coisas".

Antibiológico
Nem a ciência fica fora: conseguem desmoralizar até o DNA.

Estigmata
Millor escreveu um artigo (agosto de 2005), determinadamente "cifrado" falando de um individuo classificado como "fronteiriço". Escreveu no momento em que ninguém sabia se Lula era ou não inocente no escândalo. Sim, ele era inocente. Não sabia de nada. Estava fora de tudo aquilo. Pois como já designava Lombroso, era um fronteiriço. Inimputável.

Aviso, Perigo!
Só no mês de agosto ocorreu: supermensalão, Remember Getúlio, não esqueçam Jânio, voltem a Costa e Silva, e sobretudo não esqueçam que foi em agosto que jogaram a bomba sobre Hiroshima.

Síndrome do 30
Não foi no mensalão que começou a síndrome do 30000. Como disse dona Renilda Santiago de Souza, dólar do lar, o marido recebia 30000 reais de uma empresa e 30000 de outra. O líder sindical Menegueli não assumiu o posto de deputado porque recebia 30000 no emprego sindical. O poliglota Aldo Rebelo, que fez lei disciplinando o uso de nossa língua, processou um colunista quando esse "divergiu" dele, e exigiu indenização de 30000 (na verdade 30200, pra disfarçar a síndrome). Ah, antes do PT, Magri, ministro do Trabalho de Collor, também agradeceu a Deus quando aceitou 30000 de propina. Mas a coisa vem de mais longe, Judas, pra beijar Cristo recebeu 30 dinheiros. Mais ou menos 30000, no câmbio Valério.

1 de out. de 2009

Dignidade...

Respeitando a dignidade das pessoas, o mundo mudará.

As vitimas da violência tem idade, classe social e cor.

“Como poderiam os oprimidos dar inicio à violência, se eles são o resultado de uma violência anterior?”, questiona Paulo Freire. Surpreendentemente, a juventude é encarada como protagonista da violência no país. A inversão dos fatos assombra, sendo que, na maioria das vezes, ela é o oposto: a grande vitima das violências. Rigoberta Menchu, Gandhi, Helder Câmara, Luther King buscaram a paz pela justiça social.No começo do século 20, Mario de Andrade valorizou a cultura negra brasileira, pois sabia o preço em mil réis do peso da carne negra. Massacres são produtos das contas do mercado para saber quanto vale a vida.

O terceiro principio fundamental da republica brasileira, conforme a Constituição de 1988, trata da Dignidade da Pessoa Humana. Em função disso, prevê a promoção do bem a todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Assim todos são iguais e portam os mesmo direitos e deveres, o que, teoricamente, coloca todo o conjunto de habitantes do país em um mesmo patamar de igualdade.
Para pensar em pessoa humana é necessário tomar como ponto de partida as condições de vida de um povo, às vezes exaltado, às vezes humilhado, mas que possui em si a essência do ser. Isso lhe confere de modo inerente o principio da dignidade, fazendo-lhe viver consequentemente a individualidade, como vivencia do ser, dentro da coletividade. Baseado na filosofia moderna de Kant, Nicola Abbagnano conceitua dignidade humana, como aquilo que é mais intrínseco à pessoa, que não tem preço, por isso insubstituível. Parte de seu ser que não pode se tomar como meio, mas como fim em si mesmo. Ou seja, pensa-se no ser humano como algo complexo, para onde devem ser apontados todos os recursos de desenvolvimento pessoal na perspectiva de produzir uma sociedade melhor e não como algo para ser usado para o crescimento individual de outras pessoas.