10 de fev. de 2010

Vida & Roubadas



Quando cheguei a este planeta, já existia o tempo. E quando eu for embora, vai continuar existindo.
Comecei a odiar o passado. Eu vivo hoje. Se hoje não esta legal, encaro como se fosse um chato que veio enche o saco. O sofrimento, ou a gente esquece ou ignora. A sinceridade pode custar caro. Mas é a melhor arma de defesa – ou de contra-ataque. Não queria comentar, mas o simples fato de não ter o que falar, me leva a contar, alguns fatos que me veio à cabeça.
 
- Real
Faço coisas normais, que todos fazem, e faço coisas anormais. Mas tudo é muito fechado. Não sou exemplo pra ninguém, gosto de agir com sangue frio pra tratar de certos assuntos. Sou assim desde que me entendo por gente.
“Isso é isso, isso e isso por causa disso, disso e disso”. Nunca tive pudor de esconder ou tratar assuntos, desde que esses não venham prejudicar alguém diretamente. A realidade é uma merda. Ficamos expostos a cada coisa. Recebi muita informação dos meus pais, por isso fico sempre esperta. Sou a única aqui que devo ter experimentado certas coisas aqui e ali, mas com outra cabeça, graças a essas informações. Falo palavrão e não tenho medo de criticar ou ser criticada.
 
- Roubadas
Já fui a festas pouco convencionais. “Todo mundo que freqüentava essas festas (a maioria, pelo menos), era só zoera. ‘Nego” acordava no sofá no dia seguinte: Quem é esse cara, porra?
Já encarei algumas roubadas. Tipo parar na estrada com o carro cheio de gente, e a policia querer apreender o carro com a turma e achar um fumo, essas merdas. Aí a turma junta uma grana, e molha a mão do gambé e ele libera o povo, essas bosta (três horas da matina, quem é honesto?).
 
- Retardada
É mais fácil quando você se aceita como um retardado, não precisa de um cara falar isso pra voce e ainda cobrar caro. Tenho meus vícios, manias e costumes, todo mundo tem. Foda-se se é açúcar, sal ou maconha.
Não sei por que, velho, tem dia em que ando em qualquer lugar, no boteco, na praça, na vila, na tua casa, não importa. Eu não abuso de certas coisas, abuso quando é certo abusar. Vivo fazendo um monte de coisas, tudo ao mesmo tempo, me dá a louca, entende, em parte é pelo prazer de contrariar, outra por que eu quero mesmo. Como é um monte de gente enchendo meu saco, vou fazendo devagar. Meu dia-a-dia, cara, é que nem cagar um abacaxi.
 
- Vida = Rock ridículo
O rock vai do sublime ao ridículo em menos de um segundo. Tem algo mais ridículo que um gordo numa roupinha de dragão, cuspindo fogo e mostrando a língua? Mas é sublime ao mesmo tempo. Rock tem uma coisa meio bobinha, não tem que ser intelectual. Quer integridade? Vai escutar orquestra sinfônica. Não tem que politizar.

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