7 de out. de 2009

Confissão...

Eu não sou uma pessoa boa, mas com certeza existem piores que eu por aí. Afinal, nunca matei, nem roubei, muito menos algo do próximo. Posso dizer que tenho equilibrado bem o decálogo, mas não sei o que seria ou o que vai ser de mim. Talvez eu não seria essa mulher cheia de particularidades e cansaços. sobrevivo em quaisquer situações, só não aprendi mesmo a tirar o sutiã com uma das mãos.
Sabe, no fundo eu sou um sentimental. Todos nós herdamos no sangue uma boa dosagem de lirismo. Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar o meu coração. Fecho os olhos e sinceramente choro...

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Está sendo difícil dormir esses dias, parece que a insônia faz questão de me segurar por mais tempo como se cada segundo estivesse encarregado de anunciar nada mais e nada menos que essa ausência, que já não sei mais se é minha ou sua. Só sei dessa vontade de estender o braço para agarrar algo e perceber no meio do caminho percorrido como um gesto tornou-se absolutamente em vão. Porque a real é que eu tento, cara, como eu tento e bato a cara no muro. Na rua eu saio emputecida e totalmente desiludida com a vida e com Deus e comigo e com você e até parece que está escrito na minha testa o tamanho do meu pesar - eu e as escrotices do coração - anos e anos de terapia pra entender que "tem mais presença em mim o que me falta" mas se não fosse o colega letrado nunca me lembraria dessa certeza dilaceradamente viva que cresce feito erva-daninha pelo corpo dentro do peito faço o possível para evitá-la só que entenda meu bem, falar sobre desamor é uma luta diária que frequentemente perco.

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