7 de out. de 2009

Euvocê&todosnós

Uma conversa entre eu e ele (minha consciencia), sobre a vida...
Sinto um peso enorme sobre as costas, minhas verdades intangíveis. Coisas simples assim, eu disse sem hesitar. E me sacaram um olhar cortante e eu permaneci ereta com minhas convicções - a desilusão é um vírus, cara. Me disseram que  acham necessário e normal todo e qualquer ressentimento entre nós....
- A verdade é que segundo as boas linguas, nós estamos cansadas demais, meu amor. Cansadas dessa mesmice de sempre, desse mal estar todo.  É, estamos fodidos e mal pagos, frustradas até as pontas dos pés, cheios de verdades indigestas. Novamente disseram que eu não tenho medo de nada, e que eu não posso, não posso compreender uma porção de coisas tipo essas: euvocêetodosnós. Eu disse que meu corpo oscila de um lado para o outro,  na simples tentativa de permanecer no centro. E ele falou, ninguém se esquiva, inclusive eu. Ninguém me sustenta, inclusive eu. Então há de se chegar mais perto, meu amor. Pois nós já nos cansamos dessa quilometragem inútil. Volta e meia é o escambau, são voltas longínquas e intermináveis dentro do peito. Lá vou eu a correr de braços abertos em sentimentos de selvagem júbilo. Mas a verdade é que eu mereço mais que esse seu silêncio e esse ar de quem está sempre muito ocupado. Já chega, dizemos pra nós mesmos, e nos agarramos na certeza que só um parcial idiota ou completo inexperiente estaria perfeitamente de acordo em fazer qualquer coisa como essa...

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ps:alguém me responde: qual o maior mistério do mundo?

O coração de uma mulher
ou o mar?

(vai e vem. vem e vai. correntes. tempestades. calmarias. chego a uma conclusão natural (quase infantil): O mar é feminino.


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CaZuZa disse um dia: “Não adianta desperdiçar sofrimento por quem não merece. É como escrever poemas no papel higiênico e limpar o cu com os sentimentos mais nobres.”

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