1 de out. de 2009

Dignidade...

Respeitando a dignidade das pessoas, o mundo mudará.

As vitimas da violência tem idade, classe social e cor.

“Como poderiam os oprimidos dar inicio à violência, se eles são o resultado de uma violência anterior?”, questiona Paulo Freire. Surpreendentemente, a juventude é encarada como protagonista da violência no país. A inversão dos fatos assombra, sendo que, na maioria das vezes, ela é o oposto: a grande vitima das violências. Rigoberta Menchu, Gandhi, Helder Câmara, Luther King buscaram a paz pela justiça social.No começo do século 20, Mario de Andrade valorizou a cultura negra brasileira, pois sabia o preço em mil réis do peso da carne negra. Massacres são produtos das contas do mercado para saber quanto vale a vida.

O terceiro principio fundamental da republica brasileira, conforme a Constituição de 1988, trata da Dignidade da Pessoa Humana. Em função disso, prevê a promoção do bem a todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Assim todos são iguais e portam os mesmo direitos e deveres, o que, teoricamente, coloca todo o conjunto de habitantes do país em um mesmo patamar de igualdade.
Para pensar em pessoa humana é necessário tomar como ponto de partida as condições de vida de um povo, às vezes exaltado, às vezes humilhado, mas que possui em si a essência do ser. Isso lhe confere de modo inerente o principio da dignidade, fazendo-lhe viver consequentemente a individualidade, como vivencia do ser, dentro da coletividade. Baseado na filosofia moderna de Kant, Nicola Abbagnano conceitua dignidade humana, como aquilo que é mais intrínseco à pessoa, que não tem preço, por isso insubstituível. Parte de seu ser que não pode se tomar como meio, mas como fim em si mesmo. Ou seja, pensa-se no ser humano como algo complexo, para onde devem ser apontados todos os recursos de desenvolvimento pessoal na perspectiva de produzir uma sociedade melhor e não como algo para ser usado para o crescimento individual de outras pessoas.

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